A imaginação por trás da história

A ideia a reter: Não compliques. Ter uma ideia para um livro, uma música ou um poema, não é Física Quântica. As ideias são pedacinhos de algo que nos interessam e despertam para algo mais profundo, e não 1+1=2.

E se sabemos o que queremos contar, mas não fazemos a mais pálida ideia de como o fazer? Aí, falamos de pura imaginação.

Muitos autores falam de exercícios de imaginação, de cursos de escrita criativa, de estratégias e estudos de mercado sobre as ideias que poderão ter mais sucesso. Eu repito: isto não é Física Quântica, Matemática Aplicada ou Ciência Aeroespacial, isto é imaginação.

A definição de Imaginar inclui: representar no espírito; cuidar, pensar; conjecturar; cismar. E a de Imaginação: Faculdade com que o espírito cria imagens, representações, fantasias.

 

Para mim, isto significa colocarmo-nos as questões correctas: Qual a história que quero contar? Qual a mensagem e o seu objectivo? O que estou disposto usar para a contar?

Quando falo em imaginação não falo somente em mundos paralelos, em acções surreais e capacidades sobre-humanas. Quando falo em imaginação, falo naquilo que nos leva a determinar que a personagem principal envereda por uma rua escura, em vez de se dirigir à rua principal. Falo em usar um automóvel para chegar ao destino, em vez de ir de táxi, falo das reflexões mais íntimas da personagem ou de um diálogo com a sua melhor amiga.

Imaginação não significa colocar todas as loucuras ou esquisitices que a personagem possa sofrer. Significa escolher os momentos de uma vida (em papel) que nos ajudem a contar a história. Tal como na nossa vida, formada por aqueles momentos que nos marcaram e que serviriam para contar a nossa história.

É pegar em tudo aquilo que nos move como indivíduos e colocá-lo nas páginas da nossa obra, porque a faculdade que nos assiste quando criamos algo não pode ser inventada, simplesmente existe.

Imaginar é escolher, de entre tudo aquilo que compõe a nossa mente, o que se adequa à história. A arte, apesar de alguma estar devidamente fundamentada por cálculos matemáticos, não se restringe ao estatuto de ciência.

Não compliques. Escolhe, nunca perdendo de vista onde queres chegar, porque o destino é: IMAGINAR UMA HISTÓRIA.

Sara Farinha

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3 comentários em “A imaginação por trás da história”

      1. Eu tenho uma relação complicada com os livros, mas não posso dizer que não alimente o bichinho de um dia ser um Lobo Antunes. :b Modero as expectativas, em prosa experimento, e escrevo poesia, sobretudo. A editar, será primeiro poesia. Aliás, estou a trabalhar num livro (de poesia) que tenho de cumprir até Agosto próximo.

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