Opinião: ‘The Little Prince’ by Antoine de Saint-Exupéry

“Not everybody has had a friend.” (Pág.22)

Duas leituras seguidas e quase 8 páginas de citações depois… e o sentimentoThe Little Prince mantém-se. Adorei! Cinco estrelas para a história que, justificadamente, tem cativado milhões de pessoas.

“But, of course, people who understand life are not bothered about numbers!” (Pág. 22)

Esta é uma obra para adultos que se esconde atrás de uma aparência infantil e das ilustrações que habitualmente a acompanham (fez-me lembrar uma outra lida não há muito: ‘The Missing Piece Meets the Big O’ de Shel Silverstein).

“So I do the best I can. Sometimes I get it right, and sometimes I get it wrong, but you will have to forgive me. My little friend never gave me any explanations. Perhaps he thought I was like him. But sadly, I’m not able to see lambs inside crates. Perhaps I am a bit like grown-ups. I must have grown old.” (Pág. 24)

the littleprinceO protagonista é uma espécie de criança, um principezinho. O narrador é um adulto que se recorda bastante bem de ter sido forçado a deixar para trás a criança que fora. As diversas personagens humanas são adultos com as suas rotinas e vidas. Depois, vêm os animais e as flores, todos com um papel a desempenhar nesta espécie de fábula que não perde a aplicabilidade no tempo presente… seja ele quando for.

“If a person loves a flower that is the only one of its kind on all the millions and millions of stars, then gazing at the night sky is enough to make him happy.” (Pág.35)

O principezinho é um ser de outro planeta. Planeta esse que é nomeado para que os adultos humanos consigam aceitar a sua existência. Uma flor, uma rosa, tornou a existência do principezinho no seu planeta natal muito difícil. Assim, ele decidiu conhecer outros mundos e outros seres. Partiu em busca de um amigo, apenas para constatar que, tinha saudades de casa e que era da sua responsabilidade compreender e tratar aquilo que domesticara.

“Thorns have no use, it’s just the plants being mean!”(Pág.33) (…) “I don’t believe you! Flowers are fragile. They’re innocent. They make up for it as best they can by telling themselves that their thorns are scary.” (Pág.34)

Acompanhamos a história deste jovem viajante, especial, e espacial que parte daThe Little Prince-back sua casa, em fuga, e em busca de algo. Conhecemos e reconhecemos alguns tipos de personagens (pessoas). Identificamo-nos com a decepção do narrador ao perder as ilusões da infância e com a dificuldade em encontrar e manter amizades abnegadas.

“I know a planet where there’s a red-faced man. He’s never smelled a flower. He’s never gazed at a star. He’s never loved anyone. He’s never done anything other than sums. And all day long, he repeats just like you: “I have serious matters to attend to!” (Pág. 34)

Relacionamo-nos com as pressões da vida rotineira e forçada, sem qualquer objectivo que nos enriqueça a alma. E, mais uma vez, constatamos que aquilo que as crianças nos ensinam vai para além do que conseguimos sequer vislumbrar.

“Grown-ups never understand anything on their own, and it’s a nuisance for children to have to keep explaining things over and over again.” (Pág. 9)

No final, comove-nos o relacionamento perdido, aquilo que não tem qualquerLittlePrince outra forma de resolução. Entristece-nos a perda daquele que tantas coisas mostrou e que tanta saudade deixou no nosso narrador. Mesmo se compreendemos porque ele regressa ao seu planeta, ao sítio onde pertence. A impossibilidade de ficar, e a forma como transformou o narrador, tocou-me profundamente.

“You are beautiful, but you are empty’, he added. ‘Nobody would die for you. Of course, any ordinary person walking past my rose would think she was just like you. But she is much more important than all of you put together, because she’s the one I watered (…) she’s my rose.” (Pág. 93)

‘O principezinho’ é uma obra intemporal, uma história sobre a amizade, um texto que me diz muito e que adorei sem reservas.

“You only see clearly with your heart. The most important things are invisible to the eyes.” (Pág. 93)

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