Palavras Soltas: Práticas de uma assídua Leitora de e-mails

 

Práticas de uma assídua Leitora de e-mails

 

 

 

 

 

 

 

Subscrevo uma quantidade admirável de blogues por e-mail.

Admirável porque, produzem tanto que, parece que nunca consigo fazer descer a contagem da caixa de entrada dos 15 000… OK. Passar dias sem limpar a caixa de correio, e ter três e-mails a descarregar para o mesmo sítio, não ajuda.

Comecei o ano com vontade de “limpar” as minhas listas de subscrições.

É demasiado. Não há tempo para ler tudo e a caixa de entrada é uma perfeita confusão. A isto juntei ‘Simplicidade‘…

O ano de 2017 apresentou-se-me com uma grande vontade de descomplicar. ‘Simplicidade’ é a minha palavra para este ano, que ainda agora começou, e que se tem revelado TUDO menos simples.

Mas, sobre esta minha recente mania, em escolher uma palavra orientadora para o ano que se inicia, podem ler tudo aqui…

Levo horas a limpar e-mails, apenas para descobrir, que eles se recusam a abandonar a contagem. Pior, a maioria dos blogues que subscrevi, e que lia com alguma regularidade, sobre a arte da escrita, desapareceram, ou mudaram para vlogs (cena na qual ainda não embarquei… porque não me dá jeito nenhum) ou, simplesmente mudaram de tema… ou, apenas, desapareceram da caixa de entrada.

Cancelei a subscrição de uns quantos e ganhei uns pontinhos na prossecução da minha Palavra… Mas não me sinto nada satisfeita.

Para agravar as circunstâncias descobri que um dos meus contactos de e-mail, com mais subscrições efectuadas, parou de comunicar com o servidor onde os leio… há alguns meses.

Será um boom de mensagens, assim que corrija essa questão, que me leva a desejar não a resolver.

Mas são essas subscrições que me estão a fazer falta. Ali estavam os blogues/websites mais inspirados e inspiradores. Ali estavam horas de leitura que me davam real prazer. Ali estavam fontes importantes que me fazem uma falta sufocante.

Porque isto de se ser escritor/bloguer/poeta/eoraioquemepartadecanetanamao, precisa ser alimentado.

É a minha arte que está em causa. É a inspiração que se eclipsa. É o corte com o mundo lá fora. É não poder ler e-mails com artigos relevantes em qualquer lugar, a qualquer hora, em quaisquer circunstâncias. É não perder tempo a saltitar entre páginas e páginas, de conteúdos que não me interessam, para encontrar o artigo mais actual.

Os outros visitam as páginas. Passam horas, se preciso for, neste ou naquele sítio. Navegam sem grande rumo ou destino… também queria ter essa disponibilidade.

Aqui, não há tempo. Há subscrições do que gosto. Aquilo que não acompanha expectativas é cortado.

Pois eu, só consigo roubar bocadinhos ao dia para ler uns artigos no meu e-mail pessoal. E, é só isso que preciso. Ler bons conteúdos. Abastecer a musa. Deixar os processos a correr em backlog para, mais tarde, poder reflectir, refinar e usar.

Simples, não é? Apenas parece.

Cada um faz o que pode para alimentar a criatividade. Eu? Por vezes, colecciono e-mails. Por vezes, elimino-os sem abrir sequer. Tudo, e qualquer coisa, que me simplifique a vida.

Simplificar não é só descartar. Simplificar é, acima de tudo, escolher o que se quer manter ao libertarmo-nos do que não desejamos que permaneça.

Ora, 28 930 e-mails por ler… Aiiii!!!! que saudades das minhas subscrições de estimação.

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