A importância de Rituais no Processo Criativo

Rituais no processo criativo

Não é o primeiro artigo aqui no blog sobre rituais de escrita.

Escrevi ‘Rituais para Criar, Simplificar e Concentrarmo-nos na nossa Arte‘ e ‘Cria os teus Rituais de Escrita‘. Um sobre libertarmos o tempo e o espaço necessário para criar e o outro sobre as condições físicas que afectam a nossa escrita. Ambos com grande destaque para o estabelecimento de ritmos e prioridades.

Todos os criativos compreendem a necessidade de bloquear um determinado tempo (e espaço) para assentar ideias, o rabo na cadeira, e criar. Porque não se vive apenas de inspiração fulminante.

Aliás, não se vive de todo de ser-se atingido por um raio criativo fulminante. Click To Tweet

Vive-se de bocadinhos designados previamente para o efeito.

Isto porque a maioria dos momentos criativos não são feitos de ideias novas. Grande parte do processo constrói-se com aparecer todos os dias, trabalhar nos pormenores, executar uma e outra vez aquilo que irá constituir a obra final, acrescentar , cortar e rever, investigar e ler. E, para isto, é preciso dar a ordem ao nosso Eu criativo que chegou a hora de trabalhar.

Nunca há muito tempo para isto. Eu não tenho. Assim, é imperativo acelerar o processo de concentração e execução. É preciso dispor de uma hierarquia de tarefas a executar, colocando as mais importantes primeiro. Colocando a execução da parte criativa primeiro.

Neste momento brinco com o ajuste de um processo ou ritual que me permita concentrar-me na execução criativa.

Mas estes rituais diários não são sempre iguais. Cada dia é diferente do outro e há uma constante luta entre o assentar ideias, acalmar e começar com o projecto mais importante. Por isso, sugiro uma lista.

No nosso grande esquema das coisas, também conhecido como Plano Criativo, é preciso:

  1. identificar os projectos a trabalhar

  2. ordená-los por grau de importância

  3. bloquear o tempo no nosso calendário (olá, google calendar!) para os executar

  4. sentar o tutu e começar a teclar.

Primeiro, é necessário ter uma ideia muito clara do sítio para onde pretendemos ir. Simplificar a confusão que normalmente domina a (falta de) rotina criativa. Como diz alguém (dois alguéns) que tenho seguido regularmente:

“Viver uma vida simples não significa uma vida fácil. Significa viver uma vida simples.” em theminimalists.com

Como o processo criativo não é fácil, pensei em apostar no Simples e, mais uma vez, concordar com a palavra deste ano.

Mas sobre este Plano Criativo falaremos depois… num próximo artigo.

Gostaria de apresentar-vos algumas opções para começar o dia mas, se forem como eu, não é às cinco ou seis da manhã que têm tempo para meditar, exercitar, yogar ou alguma outra coisa do género. Sugestões dessas só para os iluminados, um grupo do qual, definitivamente, não faço parte.

O máximo que consegui foi manter uma espécie de journaling no ano passado que, como tudo o que se relaciona com Diários (e o meu ódio de estimação por eles) depressa acabou. Isso e a vida mudou…

Não adianta encher cadernos xpto com cenas que ficam fora de alcance a partir do momento em que se põe o pé fora de casa. Descobri que esse ritual não facilita o meu processo criativo.

É giro e reconfortante, agarrar um bloco bonito e apontar coisas mas, em última análise, é muito pouco prático, e altamente stressante quando a inspiração ataca e o meu obsessivo-o-compulsivo-eu não me deixa apontar noutro lado que não seja o papel certo.

Assim, continuo a minha luta diária a encaixar a mobilidade física com o tão precioso tempo e espaço para criar. Uns dias corre tudo sobre rodas. Noutros, é o descalabro total. Enfim… pelo menos estou mais organizada digitalmente com tudo (ou quase) à distância de um clique.

Quais são os vossos Rituais? Como definem o mais importante para o vosso Plano Criativo? Ordenam os vossos projectos por grau de importância?

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