O Livro do Chá – Kakuzo Okakura

“… Os nossos padrões de moralidade são retirados de necessidades passadas da sociedade, mas deverá a sociedade manter-se sempre igual? A observância de tradições comunais implica um sacrifício constante do indivíduo ao Estado. A educação, para poder acompanhar o poderoso engano, encoraja uma espécie de ignorância. Não se ensinam as gentes a ser realmente virtuosas, mas a comportarem-se convenientemente. Somos ruins porque estamos terrivelmente conscientes de nós próprios. Nunca perdoamos aos outros porque sabemos estar nós próprios enganados. Alimentamos uma consciência porque tememos dizer a verdade aos outros; refugiamo-nos no orgulho porque tememos dizer a verdade a nós próprios. Como havemos de tratar o mundo com seriedade quando o próprio mundo é tão ridículo!…”

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