Os Livros e Ler é Importante

Ler é importante

Todos acreditamos que ler não custa nada. Ou assim parece.

Todos acreditamos que há pessoas por aí que o fazem sem qualquer esforço. Que o gosto pela leitura é tanto que não precisam vencer qualquer Resistência (termo como formulado em ‘The War of Art’ de Steven Pressfield).

Mas, será mesmo assim?

É tão mais fácil sentar no sofá e ligar a tv. Ou ligar o computador e pastar pela Internet ou… dormir. Tenho uma predilecção por esta última: dormir.

Acho que esquecemos o prazer que sentimos quando lemos uma história que realmente nos desperta. Um livro que nos prende de tal forma que não conseguimos parar de recordar o que estávamos a ler. Um livro que, ao longo do dia, nos faz encontrar motivos para o relembrar.

São essas as histórias que nos fazem delirar com os próximos minutos de sossego que nos permitam ler.

Mas, nem todos os livros permitem esta sensação. Aliás, noventa porcento dos livros caem no extremo oposto. Não nos cativam e, se nos vêm parar às mãos, fazemos um esforço terrível para os terminar. Ou não.

Nessas ocasiões pergunto-me porque continuo a ler? Porque continuo a comprar livros? Porque continuo a desapontar-me com eles?

Então, chega aquele que faz o mundo parar nos eixos… ou algo parecido. Aquela história que me emociona de tal forma que não consigo parar de ler. Aquele que me traumatiza e que julgo nunca mais encontrar outro como ele. Aquele livro que muda o mundo, por uns tempos, ou para sempre.

Nessas ocasiões pergunta-me como pensei que ler podia ser chato? Como foi possível arrastar-me para o sofá para continuar o último livro que andei a (arrastar) ler? (Porque não o arrumei logo de vez na prateleira do esquecimento?)

Como podem existir conceitos de escrita tão diferentes?

Simples. Uns são desenhados e planeados para nos dar um chuto no traseiro (também conhecido como proporcionar uma poderosa experiência emocional). Os outros, por mais virtudes ou valor que contenham, não nos possibilitam viver essa traumatizante experiência emocional.

Uns dedicam-se a ser os melhores. Os outros, não. Limitam-se a existir na sua forma mais ou menos prática e insípida.

Estão a ver qual é a diferença?

Uns são desenhados para nos fazer sentir. Sentir tudo, o que for, no género de emoção a que pertence.

Os outros são como são. Nascem assim. Fomentam crenças à sua volta. Desistem de agarrar as emoções do leitor.

Por isso, quando oiço dizer “Não gosto de ler.” Acredito sempre que a resposta é “Ainda não encontraste O LIVRO que mudará isso.” Não o digo. Na maioria das vezes recuso-me a dizê-lo. Encolho os ombros e deixo avançar o assunto. Recordo as dezenas de livros que também me deram ligeiras vontades de arrancar os olhos com uma colher.

Mas, depois, relembro aqueles que abalaram o meu mundo. São esses que vale a pena ler. São esses que devemos continuar à procura. São esses que convertem um “Não gosto de ler.” num “Se calhar só não tinha descoberto o livro certo porque este/aquele gostei muito.”

E, todos os dias surgem novos autores e novos livros. Todos os dias há alguém que consegue juntar a fórmula mágica que funciona só contigo. Todos os dias essas histórias perdem-se na cacofonia de lixo que para aí anda disfarçado de cenas de valor.

Ler é sempre importante. Mais não seja para descobrirmos O LIVRO que fará rodar o mundo no seu eixo. Todos os outros são o caminho que é preciso percorrer para descobrir aquele que muda tudo.

Ler é importante. É essencial. É divertido.

Quando não precisamos de prestar contas a ninguém, a não ser a nós mesmos, sentar-nos a ler algo que nos envolve é um último grito de liberdade.

#lereimportante

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