Impromptuarium a importunar – um ponto de situação

Impromptuarium a importunar

Vamos lá ao ponto de situação, dos escritos do momento, no projecto The100DayProject.

O que tem corrido bem, o que aprendi, aquilo em que falhei horrivelmente…

Igualmente, convido-vos a contemplar se este é um desafio que faz sentido, no ponto do percurso em que se encontram.

Importante

 

O que aprendo quando me comprometo com um desafio deste género? Fácil! Aprendo a descomplicar.

Aprendo que preciso aparecer, todos os dias, não pensar muito sobre o assunto, e… executar.

impromptuarium by Sara Farinha
Design para #the100dayproject de 2021

 

Encontro-me, precisamente, no dia 45 do The100DayProject. Este é o desafio criativo que nos coordena na execução de uma qualquer actividade durante 100 dias seguidos (sobre isto, podem ler mais aqui…).

No ano passado consegui, pela primeira vez, cumprir o desafio. Escolhi recriar etiquetas e dar uso aos materiais de artes que tenho cá em casa (sobre o qual podem ler mais aqui…)

Mas, apesar de gostar muito de artes manuais (entre outras artes), é a escrita que me chama.

feira 2012
Sessão de autógrafos na Feira do Livro de Lisboa

 

Este ano, para o desafio mencionado, o qual baptizei de #impromptuarium, e podem ir acompanhando no meu perfil de Instagram, procurei conjugar duas coisas muito importantes para mim:

“Em 2021, volto a participar porque preciso da opção de assegurar um espaço para descobrir, e preciso de descobrir um espaço para descoberta criativa.”

– em Porque participar no #The100DayProject de 2021 é boa ideia?

 

Os primeiros 45 dias de Impromptuarium foram uma aventura!

Acho que já tinha aludido a este facto, no artigo Revelar Segredos. Compreender a Escrita: Escrever de forma honesta, procurando simplicidade e sinceridade, é difícil como tudo.

Acresço a dificuldade de que não sou lá grande seat of the pants tipo de autora (Tens dúvidas sobre isto? Podes ler sobre os diferentes Métodos de Escrita aqui…).

Ou, até este desafio, acreditava que não era.

Gosto de Planos (método Outline), temas, estrutura, significados, construção de personagens e circunstâncias que me digam alguma coisa. Gosto, mas compreendi que não estou maniatada por eles.

on the road

45 dias ido e notei algumas tendências…

  1. é tremendamente desconfortável chegar à página sem fazer ideia do que vou escrever... mesmo com o mote ali à mão.
  2. não sou literal na aproximação à maioria dos meus temas. Desprender-me do sentido literal exige um planeamento que este projecto não inclui.
  3. noto preferências por géneros literários, por formas, por personagens, por contextos... (repito nomes de personagens em textos diferentes?!?!)
  4. mantendo o processo como o defini a princípio: um mote; entre 30 a 60 minutos; o primeiro texto que escrevo a cada manhã; escrito à mão em caderno próprio; com liberdade de escolha de género literário e idioma; sem crítico-interior ao serviço.

Aparecer para enfrentar este projecto passou de assustador para agregador. Mas, apesar de tudo isto, só posso manter-me focada nesta página, neste dia, em cada dia…

É uma treta ter de aparecer, todos os dias, sem fazer a mínima ideia do que vai aparecer na página…

UAU! tal e qual como em todos os outros projectos! Com a agravante de que este desconforto vai gerar ideias, agregar coisas diferentes, ajudar a escrever mais e melhor… entre outras coisas que acontecem e que, só quando tentarem, vão entender.

impromptu

Falhei…

Tenho falhado horrores na partilha do processo através do Instagram. Faz parte deste desafio a partilha do nosso processo, através desta rede social.

Não parece que me consiga compelir a partilhar mais do que o que fiz. Quando me obrigo a partilhar coloco o mote inicial e uma citação daquilo que escrevi, o impromptuariu em si.

Isto coloca-me uma série de problemas:

  1. Sono. Escrevo de manhã. Faço redes sociais nos tempos livres (continuo na guerra de limitar esta cena!). Quando me lembro... é de noite, tenho sono e não me apetece.
  2. Tenho tantas coisas esquisitas no repertório, que não me sinto confortável a partilhar verdades não revistas, re-escritas ou editadas...
  3. Não tenho fotografias relacionadas com cada um dos impromptus que escrevi... e, não partilho cenas sem conteúdo adequado. Não consigo!
  4. Sou um bocado supersticiosa com partilhar coisas a meio... não gosto. Estraga a surpresa e atravanca o processo. Coloca expectativas e apenas foca o exterior, ao invés daquilo que é, realmente, importante.

Não me sinto motivada a publicar todos os dias e, não faz mal. 

Importante é o Desafio em si. Importante é o trabalho sombra que acontece aí. 

Convenço-vos a analisar este projecto e ponderar participar? Qualquer que seja a vossa arte (o vosso quero ser), se dedicarem 30 minutos por dia, todos os dias, ajuda.

Obrigada e Até Breve!

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