Ter uma Epifania sobre a minha Escrita neste Blog

epifania no blog

Olá a todos. Sejam bem-vindos a este blog.

Enquanto estava aqui a matutar (desesperar) por colocar em palavras, aquilo com que queria construir este artigo ocorreu-me que, talvez, este momento seja aquilo que preciso. Preciso da confusão.

Afinal, foi apenas há uns dias que me ocorreu algo especial, um momento também conhecido por: uma epifania.

Talvez seja nestes momentos de confusão que algo importante emerge. E, o Universo sabe que eu passo a vida à espera destes momentos.

Enquanto matutava, relembrei que não preciso de desculpas, hesitações, ou novidades. Apenas preciso de me entregar ao processo.

Preciso de me entregar ao que for. Preciso esquecer o medo de me entregar ao que é. Para que esta arte tenha uma hipótese de sobreviver e até se definir e redefinir a gosto. Qualquer que seja a prática criativa precisa de tempos de confusão, crescimento e redefinição. Tempo para descobrir, praticar e aprimorar.

E, aqui, já estou a extrapolar para os restantes projectos escritos que tenho a decorrer. Não é só o blogue que precisa do tempo para maturar.

Não sei se já, ou quantas vezes, passaram por aquele momento em que, de repente, quando estão imersos noutra actividade qualquer, têm uma epifania. Num segundo, a súbita compreensão de algo, a noção de que entendemos a essência de um tema, atira-nos para uma nova esfera nos nossos pensamentos.

Neste último fim de semana, tive um destes episódios:

Tempo Investido = Trabalho Realizado = Prática Continuada

Digam lá: Isto não faz sentido nenhum!

Faz pois! Passo a explicar…

No blog.sarafarinha.com temos:

blog numbers

16 anos = 5840 dias = 1.218 artigos = média 10 horas por artigo = 12.180 horas de prática

Contudo, a epifania não esteve relacionada com o tempo investido em construir este cantinho virtual.

Aquilo que compreendi foi a essência do que escrevo aqui.

Parece-vos esquisito?!? Não é.

Tenho sempre muitas dúvidas sobre o tipo de conteúdo que desejo publicar neste blog. Por vezes, passo semanas atormentada porque devia escrever mais assim ou assado, mais sobre este tema ou aquele, mais sobre aquilo que atrai cliques e não leitores.

Conselhos/comentários, tenho recebido amiúde ao longo destes anos:

Desde o básico: “essa m**** não serve para nada“, ou “perda de tempo“, até “devias escrever coisas mais fúteis“, ou “as pessoas não gostam de ler wall of text“, e ainda, o clássico “ler é aborrecido. Shorts é que é!“.

Curioso é que, 16 anos passados e as visitas mantêm-se num fluxo estável e constante. O cartão de visita do blog são artigos da série [recursos do escritor], que se qualificam melhor no ranking da google. E, apesar dos números do blog não serem espantosos, a verdade é que o ritmo de crescimento é positivo e constante. Quem lê é porque quer ler.

E, neste momento, encontro-me a apreciar o início dum crescimento constante do meu outro blog: writer.sarafarinha.com

Se costumam ler blogs de autores de ficção, se calhar repararam no tipo de conteúdos que costumam escrever, e na cadência com que o fazem. No meu caso, não publico ficção no blog, raramente faço publicidade ao que tenho publicado, e não escrevo para vender.

Mas, na prática, o que isto significa para mim é que, este é um espaço em que escrevo sobre assuntos mais práticos, inspiracionais e educativos, num sítio de fácil acesso, onde as pessoas podem ler uma ínfima parte daquilo que escrevo e, se possível, encontrarem o seu caminho para ponderarem as suas próprias viagens criativas.

E, a minha epifania?

Compreendi qual a essência deste blog.

Aquilo que escrevo neste blog vem da minha experiência pessoal nos temas a que me dedico.

A qualidade do que escrevo pode sempre ser aprimorada. Mesmo a regra das 10.000 horas para atingir a mestria em algo já passou e, confirma-se que, quando fazemos algo com frequência, e dedicação, acabamos por compreendê-la de uma forma mais particular e pessoal. Desenvolvemos um estilo próprio.

Não escrevo por interesse comercial. Não escrevo neste blog para vos convencer a comprar nada (apesar de ter serviços e produtos que podem ser adquiridos).

Escrevo sobre temas que fazem sentido para mim. Escrevo por uma existência que acredito ser criativa na sua essência. Escrevo na esperança de vos (me) inspirar a trabalhar no vosso (meu) sonho artístico-criativo. Escrevo porque desejo partilhar esta viagem, em busca da arte da escrita, no carrossel maluco que é a vida.

Podia mudar? Ser mais comercial? Transformar isto noutra coisa qualquer mais rentável? Se calhar, sim.

Quero fazê-lo?

Nop. Nem por isso.

Duvido que soubesse como o fazer, sequer.

Gosto de escrever sobre o que escrevo. Gosto de dar ideias, partilhar temas, e aquilo que penso sobre eles. Acho importante que possam ler a não-ficção que escrevo neste formato.

Para que possa ouvir/ler que, porque leram o que escrevo, encontram inspiração e não desistem de trabalhar no vosso sonho criativo.

Isso é que me inspira de verdade!

Obrigada e Até Breve!

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