Havia dias,
De luz intensa.
A mágoa da vida,
Descrita nesta pertença…
Havia noites,
De escuridão absoluta,
De imaginação incauta,
De vida resoluta…
Havia horas,
Em que o tempo custava a passar,
Em que a vida vista de fora,
Nada mais trazia que desesperar…
Havia anos,
De intensa solidão,
De desejos ardentes,
Sem amor, sem paixão…
Havia alturas,
Em que eu não chegava,
Minha alma era pequena,
E minha vida uma arma…
Havia dias,
De autodestruição.
Duma vida vazia,
Dum mar de ilusão,
O fim que eu antevia?
Um mar de solidão…