Oiço a tua presença,
Incerta e fugaz,
À margem da minha existência,
Consolas-me, quando te apraz.
–
Parece que vejo algo,
A ti, saudade imensa.
Vens, mas não estás,
Presente, mas sem pertença.
–
Choro, pois não te sinto,
Onde deverias estar.
A ti, ombro amigo,
Que foste, para não voltar.
–
De coração partido,
É a saudade que corrói,
Neste império de vontade,
Partilhar nada, dói.