Num queixume de maravilhas,
Rodeada de luz que enaltece,
Enlevada em demasia.
Novo dia, devagar escurece,
Num chorrilho de profecias,
Rodeada de benesse,
Embalada pela maresia.
Oh, como eu gostaria
De provar essa luz que obscurece,
Mudava a vida… Como seria?
Amanhecer, envelhecer num dia.
Nua na luz do novo dia,
Como se o corpo fosse,
O copo que se esvazia.
Oh, como eu gostaria,
De permanecer à luz do dia,
Sem réstias de culpa,
Sem imaginar o que seria.
Sara Farinha
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