Ontem foi noite de Óscares, o que daria um post excelente caso houvesse alguma coisa digna de nota, mas como este tipo de eventos soam sempre a aborrecimentos, vou deixar a dissecação da cerimónia para os entendidos, os desentendidos ou mesmo os apaixonados do cinema.
Quanto ao cinema em si, como contador de histórias, esta é a sétima arte e como tal digna da apreciação de qualquer ser humano. Pessoalmente prefiro filmes que me digam qualquer coisa, e no caso dos nomeados para estes prémios, isso raramente acontece. Li a lista de melhores filmes que levaram para casa a bela estatueta de ouro ao longo dos tempos, e confesso que concordo com poucos deles (claro que me abstenho de comentar aqueles que não vi). É impossível negar que o mediatismo de alguns realizadores, produtores e actores, são o que definem a atribuição dos Óscares (e porquê o nome de gato?). A qualidade das longas-metragens nem sempre define os critérios de escolha, e as votações pelos “pares” são confusas e, na minha opinião, escassamente fundamentadas.
Bom, estes argumentos já são todos de conhecimento público, e pessoalmente os resultados dos Óscares não determinam as minhas escolhas (acho que nunca vi um filme propositadamente, só porque ganhou um Óscar) E no entanto não posso dizer que seja uma espectadora diferente dos outros, os filmes mediáticos captam a minha atenção, e sou uma consumidora assídua das obras produzidas em Hollywood. Mas o facto de serem distinguidos como os melhores, não os transforma nos melhores.
O Óscar, sendo o mais conhecido e cobiçado prémio do mundo cinematográfico, é sinónimo de distinção e de excelência. Mas, como é de conhecimento geral, a cobiça é um mal pernicioso e a excelência pode ser enganadora.
Não obstante, Parabéns aos vencedores, afinal o reconhecimento é a recompensa de todos os artistas e é dele que vem a coragem para continuar…