Procuramos afastar os nossos receios,
Abrimos os olhos à solidão,
Enquanto buscamos outros meios.
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Escondemo-nos da tempestade,
Enquanto raios caiem lá fora,
O buraco que nos prende é saudade,
Do sol que se esconde agora.
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Tapamos os ouvidos com as mãos,
Recusamo-nos a escutar o barulho,
Os trovões que nos engolem serão,
Os monstros que nos envolvem num arrulho.
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Lutamos contra a noite sombria,
Que se arrasta e nos envolve,
Naquilo que nos mostra a luz do dia,
Que nos leva e nos devolve.
Sara Farinha
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