Tally é uma jovem perfeita. Tudo o que a rodeia é perfeito. Mas por mais álcool que beba e por mais festas que frequente, ela não consegue afastar aquela sensação de vazio. As imagens de uma vida menos perfeita insistem em insurgir-se na sua mente.
Naquele ambiente perfeito, Tally escolhe associar-se ao grupo mais importante da cidade e ao fazê-lo descobre que a “moda” é uma forma de rebelião e que o seu líder é alguém que luta para reaver as suas lembranças da vida pré-operação.
A fuga da cidade torna-se o objectivo de Tally, arrastando consigo Zane, em busca das memórias que lhe foram retiradas pela operação que a transformara em perfeita.
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Scott continua a surpreender. Quando pensamos: quanto mais pode ele inovar quando escreve sobre jovens e os estigmas da beleza? Muito mais.
A sua crítica social aos estereótipos de beleza da sociedade, e da sempre associada ‘beleza = burrice’, continua como tema fulcral de “Perfeitos”, o segundo livro da série “Uglies”. Assim como a abordagem da permanente insatisfação do Homem, mesmo quando tudo se afigura como perfeito à sua volta.
A ocupação do meio ambiente que nos rodeia, a forma como exploramos recursos e as experiências sociais (não consentidas) que são relatadas no decorrer da história, colocam questões como qual o nosso peso sob o meio ambiente que nos rodeia, e a rectidão moral que nos leva a acreditar que uma acção é correcta, em detrimento de outra.
Estes podem ser designados como livros para jovens adultos, mas são muito mais do que isso. São, claramente, uma lição a absorver e uma reflexão que precisamos de fazer.
Opinião sobre “The Uglies“, o primeiro livro da série de Scott Westerfeld.
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