‘Crónicas Obscuras’ por Vitor Frazão

Vitor Frazão, autor do livro “Crónicas Obscuras – A Vingança do Lobo” e administrador do blogue Crónicas Obscuras aceitou partilhar, aqui no meu cantinho, algumas das suas ideias sobre o seu livro, a sua escrita e as suas motivações.

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Quais sãos as suas influências? O que o motiva a escrever?

Estas duas (ou variantes muito similares) devem ser as perguntas que mais vezes foram feitas a qualquer escritor. O que significa que, ao fim de algum tempo, ficamos sem respostas originais para dar (pelos menos, verdadeiras). Seja com for, tentarei não me repetir.

Quanto às influências, são demasiadas para indicar aqui, sem tornar o post excessivamente extenso, e não seria justo seleccioná-las. De qualquer modo, escrevi vários textos mais softs sobre o tema (alguns ainda por publicar) em cronicasobscuras.blogspot.com, por isso, se estiverem interessados, desafio-vos a fazerem uma visita.

Assim sendo, passemos aos motivos porque escrevo. Façam a pergunta a outros escritores e 80% dirão exactamente a mesma coisa, escrevemos porque temos histórias dentro de nós e elas têm de sair, quer o conteúdo seja editado ou vá para uma gazeta. Como eles, faço-o tanto pelo prazer de ver o resultado final como pela mistura de angústia, amor, desespero e deleite que é a jornada de criação. Quando terminei “A Vingança do Lobo”, já tinha imaginado outras quatro histórias relacionadas que queria escrever e, desde então, as ideias continuam a fluir, algumas tão depressa que surgem e desaparecem antes de eu as conseguir registar no mais básico dos apontamentos. Refiro-me, claro, a ideias gerais, pinceladas larga, ainda longe de qualquer forma patente de ser reconhecida.

Atenção, não pensem que tudo isto significa que nunca tive “bloqueio de escritor”. Claro que já padeci desse mal, contudo, ele relacionou-se com a incapacidade de passar as ideias para a página vazia, sem destruir a estrutura formada na minha imaginação, e não à total ausência de conteúdo a passar.

Seja com for, é essa compulsão que me levou a criar “Crónicas Obscuras” e que me fará morrer com a certeza que não partilhei todas as histórias quero, mesmo que escreva até aos 100 anos de idade.

De que fala o livro “Crónicas Obscuras – A Vingança do Lobo”?

Sempre que me perguntam sobre o que trata “Crónicas Obscuras – A Vingança do Lobo”, para evitar divagar, respondo que é “uma obra de dark fantasy sobre como os actos de um indivíduo afectam a vida de vários”.

Contudo, por vezes, isso leva à ideia errada que a obra pertence apenas ao licantropo híbrido Lance “Meia-Raça”, à família que ele perdeu e os guerreiros que lha roubaram, quando, na verdade, a questão é muito mais complexa. Lance é um protagonista, não o protagonista, partilhando o cargo com dezenas de outros, como, por exemplo: a vampira Eleanora “Lâmina Sangrenta” Reeve, o jovem Obliterador Clint Roark, a agente Isabel Martínez, o detective Benedict Carter, a licantropa Marla Fenrison, etc… A lista continua, entre meros mortais que ignoram os perigos que se escondem nas sombra do seu próprio mundo, Obliteradores que apenas querem purgar o planeta de tudo o que seja sobrenatural e Ocultos, dezenas de espécies, raças e indivíduos que têm tão pouco em comum com o Homem, como uns com os outros, “A Vingança do Lobo” e o universo de “Crónicas Obscuras” está repleto de protagonistas, cada um dos quais com uma história para contar, por mais curta que ela seja.

Em “A Vingança do Lobo” podem esperar encontrar: Obliteradores obcecados e inflexíveis; lobisomens belicosos e tribalistas; vampiros inteligentes e intriguistas; feiticeiros poderosos; humanos providos de poderes psíquicos e até um sanguinário wendigo, todavia, não encontrarão o clássico casalinho lamechas, cujo QI conjunto não chega aos dois dígitos e para quem o mundo começa e acaba um no outro. Não me interpretem mal, existem casais no livro (assim como dezenas de outras relações interpessoais) e estão tão apaixonados como seria de esperar, mas vivem no mundo e amadureceram o suficiente para ver a realidade para lá do romance, sabendo que nem sempre existem finais felizes.

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