Julho, o tempo embrulhado, o humor contemplativo, ou seja lá o que for, levaram-me até às ruas de um dos cemitérios mais conhecidos do mundo. Para lá dos muros do Père-Lachaise visita-se um mundo alternativo… pelo menos, é esta a sensação que tenho quando sou obrigada a entrar em qualquer cemitério.
Entendo o fascínio, mas não partilho a atitude despreocupada dos que se passeiam entre os monumentos funerários. Não me arrependo da visita, aliás, era ponto obrigatório de passagem e proporcionou algum material de escrita, mas prefiro ambiências mais vívidas.
E, no meio disto tudo, nasce a ideia e as personagens, as significâncias e o contexto. Um conto que ainda está em processo de revisão (e que deve permanecer assim por mais algumas semanas) e que toca o ciclo de vida e morte, o ouroboros, ou a sagrada dança que executamos até à exaustão.
Aqui ficam os progressos do Conto de Julho:
Inspirado em: É uma boa pergunta, sem resposta satisfatória. Talvez uma certa morbidez natural…
Conto: ‘A dança sagrada’
Palavras: 2.155 palavras
Progressos: A rever.
Sinopse: Quando sete pessoas se cruzam num cemitério é certo que todas trazem bagagem emocional. Sete vislumbres de destinos que se cruzam, mas não se tocam. Sete almas que deambulam, e não se encontram. Pelas ruas movimentadas do Père-Lachaise, muitos são os que se intersectam. Poucos os que compreendem porquê, num ciclo fechado de vida e morte.
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Acompanhem este desafio na página ‘12 Meses/12 Contos‘.
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