Têm uma história a escrever, fragmentos dispersos, blocos de notas cheios, planos em catadupa… Ou, pelo contrário, têm uma vaga ideia daquilo que desejam colocar em papel.
E, assim, começam os problemas… e as emoções fortes.
Não há receitas mágicas para a criação de uma obra, seja ela qual for. Há orientações, regras, exercícios que podemos usar. Ferramentas que, ao serem utilizadas, ajudam-nos a construir aquela história que temos de contar… por vezes, à revelia até de nós próprios.
Seguindo esta linha de ideias, existem alguns processos físicos que ajudam a organizar os mentais. Esta é a lista dos 5 pontos que necessitamos definir ao construirmos as fundações da nossa história.
5 Pontos a Definir ao Planear uma história:
- A história – os grandes “momentos” da história: o enredo, o objecto e objectivo da trama,o tema, as personagens, os conflitos determinantes, o ponto de vista a usar.
- A Estrutura (a de 3 actos, ou o que vos inspire) – os momentos de conflito, os pontos de viragem, o adensar da acção/emoção. Leiam mais sobre o plano aqui…
- A sinopse alargada (e a sinopse normal) – Um conjunto de duas a três páginas que explica, em traços gerais, o enredo.Leiam mais sobre a sinopse aqui…
- Lista de cenas – Uma lista dos momentos que compõem a história, que pode ser organizada cronologicamente, e permite a reorganização dos eventos de forma a servir melhor a história. Esta lista permite uma visão global dos momentos que vão compor a obra e das alterações que queiramos vir a fazer. Leiam mais sobre a importância das cenas aqui…
- Cenas – A identificação cuidada de cada momento da história. O que se passa em cada momento, o objectivo da acção a decorrer, o significado e o enquadramento de cada bloco/cena, a alternância de tipos de cenas que nos permite envolver o leitor no conflito e na resolução. Leiam mais sobre a construção de cenas aqui…
Esta é a base que vai proporcionar uma visão global, definir a maioria dos objectos, objectivos e significados, e mexer na história testando o que funciona e o que devemos descartar.
Após construirmos estas fundações, o acto de escrever a história transforma-se em algo intencional, com muita margem para sermos criativos e aperfeiçoarmos aquilo que julgamos funcionar naquele projecto específico.
Nem todos os autores acreditam neste sistema, o que não é problemático. São apenas estilos de escrita, e de planeamento, diferentes. E, cada projecto exige uma aproximação muito própria e, por vezes, distinta das utilizadas em obras anteriores.
Mas, para aqueles que precisavam de um empurrãozito para começar a escrever, deixo-vos este artigo. Comecem por aqui e, o resto, logo descobrirão com o tempo.
::::::::::::::::::::::::::
Artigos Relacionados:
As características duma 1.ª frase inesquecível
Tendências Digitais para 2015 – O futuro do que escrevemos
::::::::::::::::::::::::::