Escritos do dia, Journaling e NaNoWriMo a decorrer

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As últimas semanas testemunharam a alteração do meu journaling matinal. Planeamento do último trimestre do ano, Readathon do Halloween, Novembro, muda a vida, começa o NaNoWriMo…

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Um disclaimer (aviso): escrevo muito em Inglês e leio muito em Inglês. Também o meu journaling é bem temperado pelo meu uso da língua inglesa, assim como este blog, como já devem ter reparado. Releguei o conflito que isto representava para mim, e para algumas pessoas, para onde não me interessa saber o que os outros pensam sobre o assunto. Sou uma espécie de bilingue pelo que… é o que é. Se não fazem parte do grupo de preciosistas linguísticos, sei que isto não vos vai demover de ler o que escrevo…

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Uma alteração no meu hor´ário levou à necessidade de condensar esta actividade de forma a que pudesse continuar a beneficiar da sua prática, sem comprometer tudo aquilo que, de súbito, havia caído dentro do meu prato. Foi uma refeição indigesta, confesso. Mas a coisa lá se compôs como o Universo determinou.

Não me recordo se comentei convosco em que consiste o meu journaling matinal. Comentei?

Sei que comentei sobre esta prática em 2018 porque encontrei este artigo aqui…, e, escrevi um artigo onde falo da importância das páginas matinais, que podem ler aqui… e, salvo uma menção aqui ou ali, nunca me dediquei a explanar o que encontro no journaling que me tem feito regressar, ano após ano, e aperfeiçoar a prática, adaptando-a ao meu ritmo e necessidade.

Tenho andado para gravar um vídeo sobre o assunto (faria sentido no VLook?), mas ainda não ultrapassei essa barreira que se interpõe entre a minha vozinha esquisita e o processo de registo videográfico… não garanto que lá chegarei.

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Alguns dos meus cadernos para journaling…

Em que consiste o meu journaling matinal?

Para mim, consiste nos exercícios diários, registados em blocos de notas, bullet point journals ou cadernos especiais, que uso para registar coisas importantes na minha vida.

Para que serve o journaling matinal?

Uiiii!!! Para quase tudo.

Serve para registar o que fazemos com o nosso tempo, para registar os pormenores importantes das nossas actividades diárias, para imaginar áreas da nossa vida que precisam de atenção, para manter um horário adequado às tarefas que temos, para exercitar a criatividade visual, para relembrar os eventos importantes, para agradecer ao Universo o que temos, para gerar ideias que podem vir a possuir o potencial para alimentar as nossas artes, para desabafar o que nos vai no coração, para nos mantermos atentos e responsáveis pelo que fazemos a cada dia, para manter informação sobre projectos a decorrer, como suporte à vida criativa que queremos ter, para determinar o que precisamos mudar nos nossos hábitos para nos sentirmos melhores com a vida que temos, e a vida que desejamos ter…

Podia continuar, mas acho que já têm uma ideia do que esta prática nos pode trazer de benéfico.

O contributo do Journaling para o dia-a-dia

Salvo raras excepções humanas, não é possível lembrar a maioria do que se passa em cada um dos nossos dias. Quando existe um projecto especial, uma data importante, um compromisso inadiável não costumamos esquecer-nos dele.

… a não ser que seja um aniversário de um casamento/namoro ou do aniversário do filho de alguém que me é próximo, e que não era suposto esquecer!!

Excepções feitas, a maioria dos eventos diários passam da acção para a obscuridade da nossa memória num ápice. Para quem, como eu, precisa encaixar diversas actividades num dia, equilibrando oficial, oficioso e familiar, esta capacidade extraordinária de arquivar no lixo o que vivemos durante o dia não ajuda em nada. Faz-nos sentir vazios, que deixámos passar o tempo sem atingir o resultado que queríamos ver…

Damos connosco a viver uma Síndrome de Impostor gigantesca. Apenas porque somos incapazes de reter tudo o que era prioritário, importante ou inadiável, fazer naquele dia. Tarefas que nos esforçámos para fazer mas que, como não retemos a informação completa, nunca conseguimos ver que o fizemos.

Ou, então, adoptamos uma Síndrome de Procrastinador. Porque não somos capazes de descomplicar, quando procuramos equilibrar, a quantidade de coisas que, a cada dia, somos obrigados a fazer.

O cansaço faz-nos empurrar com a barriga as coisas que deviam ser a nossa prioridade. E, faz-nos esquecer as coisas que fizemos.

A Resposta a estas Síndromes?

Journaling.

Devagar. Por partes. Sem complicar o assunto. Sem nos assoberbarmos com excesso de coisas, em que não encontramos satisfação ou valor, para que sejam feitas.

Journaling com propósito.

O que uso no momento?

mind tools journal

Mind Tools Journal

Num formato Bullet Point Journal tem evoluído contendo todas as coisas que preciso relembrar que vi, fiz, sonhei.

Num registo diário, a cada mês, e a cada semana, aponto o que li, vi, fiz que serviu de alimento à minha mente e criatividade… daí o seu nome. É o sítio onde procuro apontar e reter todas as ferramentas que usei para aperfeiçoar a minha mente, e as que não pude evitar ser exposta a, e que também serviram a minha mente (de forma positiva ou negativa).

A forma como a informação é exposta no mind tools journal varia. De uma simples lista, tabela, colagem de imagens, autocolantes, desenhos, ou calendários, uso o que tenho e que me aparece por forma a recordar como determinada actividade, ou evento, teve um impacto na minha mente.

morning pages journal

Morning Pages

As páginas matinais, manuscritas, 3 delas, com tudo o que me cruza a mente e o espírito naquele momento do dia. São um alívio constante, ajudam a libertar a mente dos temas mais difíceis, servem para gerar ideias novas sobre os assuntos, não nos permitem a trégua que leva à indolência connosco e com os nossos comportamentos, e ideias, menos saudáveis.

Deixei de fazer um registo diário mas procuro escrever, pelo menos, 3 vezes por semana. Em meses como o de Novembro, e não esquecendo que as páginas matinais deveriam ser a primeira actividade do dia, o NaNoWriMo (leiam sobre os meus projectos literários em Novembro aqui…) vem primeiro. Prioridades…

achievements journal

Achievements Journal

Esta é a minha agenda diária. Cada página passou a conter as actividades de dois dias. Uso um bloco de notas normal, de preferência liso, onde registo um certo número de coisas como o foco do dia, o estado do tempo, como me sinto, o que aprendi nesse dia, o que fiz que levou tempo e que deve entrar para a contabilidade de gestão de tempo diária.

Este é o journal que se propõe a matar a Síndrome do Impostor. Nunca posso dizer que o meu dia foi vazio ou desperdiçado. Desde lavar roupa, a passar a ferro, a mudar fraldas, a fazer comida, a ler, escrever, ir às compras, ver tv ou arrumar a despensa, tudo é registado. Não volto a padecer de acreditar que não fiz nada durante um qualquer dia, quando me farto de trabalhar e de cuidar de mim, da casa e dos outros!

gratitude journal

Gratitude Journal

Inspirado no ‘The 5 Minutes Journal‘ sobre o qual ouvi falar num vídeo do Tim Ferriss, dei início a uma prática que inclui agradecer o que se tem, identificar aquilo que faria do dia algo especial, afirmações positivas e, num segundo momento (que costumo fazer na manhã do dia seguinte, identificar os 3 acontecimentos maravilhosos que ocorreram e como eu poderia ter tornado o meu dia melhor.

Vou no meu segundo caderno de linhas, uma página por dia, com dois pontos de situação a, sensivelmente, cada três meses, e uma mão cheia de realizações sobre os hábitos e circunstâncias que preciso lidar e alterar.

to do list

To Do Lists

Cada dia estabeleço uma curta lista de prioridades, que registo no Mind Tools Journal, as quais decomponho em tarefas que preciso fazer naquele dia, marcando assim que as completo (ou as que transitam para o dia seguinte).

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Escrever como meio de Reter e Crescer

No início deste ano, participei no The 100 Day Project que me fez procurar formas mais específicas de registar o que acontece com os meus projectos.

Assim, comecei por fidelizar cadernos de linhas normalíssimos, imprimindo imagens para a capa, baptizando-os com o nome do projecto que iriam conter… tal como usei para o The 100 Day Project .

Estes são os blocos de notas que contêm, uma variedade de coisas que vai desde, pesquisa à concretização de primeiros rascunhos de histórias, poesia ou apontamentos sobre coisas aprendidas.

A forma como todos estes escritos se complementam e servem uma variedade de projectos que tenho a decorrer, como este blog onde leem estas palavras, ou o Vlook, ou o Ser Poeta, ou o NaNoWriMo tem sido a forma que encontrei de me dedicar a esta arte da escrita, complementando-a com outras artes, como desenhar ou colagens, que tanto contribuem para me manter satisfeita e feliz.

Deixem comentário se quiserem saber mais sobre os princípios do Journaling, o NaNoWriMo, ou o que quiserem. Cá estarei para vos responder…

Obrigada e Até Breve!

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