Olá a todos! Sejam bem-vindos a este [palavras soltas].

“People search for lightness, because they shy away from burdens. That’s why this lightness exists.” — in 1/5 Anselm Kiefer: Remembering the Future

Traduzindo:

As pessoas procuram leveza porque recuam dos seus fardos. É para isso que a leveza existe. — Anselm Kiefer

A Leveza da Arte

Procuramos alívio dos nossos fardos diários. Por vezes, encontramo-lo em sítios diferentes e, muitas vezes, encontramo-lo na Arte.

Leveza, que nos pode ser entregue por uma celebração especial, como foi para mim este Natal (podem ler sobre isto no artigo Feliz Natal 2023. Votos e (menos de) Ânsias Natalícias).

Ou, através de um livro ou uma leitura de conforto… no meu caso, com o livro Check & Mate por Ali Hazelwood, ou Os Mini-Cinco de Enid Blyton.

Ou, por um vislumbre de uma obra de arte significante, no documentário Anselm Kiefer: Remembering the Future (dividido em 5 partes) no YouTube.

Não que este documentário tenha muito de leveza. Porque, de facto, não tem.

… E, é importante ver para além da leveza.

Encaixar Referências

Eu não possuo qualquer ilusão de que não disponho das referências necessárias para entender 95% do trabalho deste artista. E, no entanto, bastou olhar para as suas instalações e ver significados.

Os fornos de tijolos são assustadores, crípticos, cheios de lembranças de outras fontes de informação sobre a 2ª Guerra Mundial, e as atrocidades cometidas contra seres humanos. Tudo por cobiça e desejo de poder.

As angústias, que quero acreditar que todos nós sentimos (os que acreditamos que a maldade humana é uma escolha pessoal), quando olhamos para acontecimentos reais na história da humanidade.

O beber dos gigantes que vieram antes de nós, e das obras que estes criaram, alguns sem qualquer metodologia ou verdade científica que os suportassem, para justificarem actos sem qualquer humanidade.

O indagar dos motivos básicos para a nossa existência e morte. O pesado fardo que estas ideias são para todos aqueles que contemplam a sua própria finitude e a razão última para sofrimentos vividos.

A negação, e a invenção, de diferenças para justificarem o ódio injustificado.

A escala, o medo, a ironia, o peso, o inacabado, os horrores infligidos, a arte que não explica ou isenta de culpa, mas em que construímos um significado.

O que mudou?

Quando olho para a política neste nosso mundo, tenho medo.

Cegos por dinheiro e instinto de sobrevivência, no domínio sobre o próximo, desde a cubicolândia, até ao grande gabinete de canto, até aos corredores basilares da organização social.

Quando olhamos para a Arte e os seus significados e vemos, perfeitamente, porque são as referências difíceis de conseguir e usar. Porque tudo isto exige conhecimento, entrega, significância, trabalho, compreensão e uso.

Os seus livros, de Kiefer, são feitos de chumbo. Contaminados. Pesados. Feitos de materiais pesados. Os livros que contam as histórias e a História.

Estamos sempre à procura de respostas. Infelizmente, nem todas as perguntas deveriam ser feitas.

O que levam deste artigo?

Não sei bem. Talvez, apenas o meu pedido para que se dediquem à vossa arte. Por favor. O mundo precisa dela, mesmo se acreditamos que não.

A arte de leveza, para que tenhamos abrigo dos temas pesados desta existência.

A arte profunda, pesada, para que possamos pensar sobre, e articular, o que sentimos sobre esses temas.

Obrigada e Até Breve!

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Referências:

• Vídeo 1/5 Anselm Kiefer: Remembering the Future
• artigo Feliz Natal 2023. Votos e (menos de) Ânsias Natalícias
• livro Check & Mate de Ali Hazelwood
• Os Mini-Cinco de Enid Blyton
• Anselm Kiefer: Remembering the Future

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