Se posso impedir (ou confortar) um coração de se partir

confortar

Olá a todos. Sejam bem-vindos a esta [pausa de Domingo].

Por vezes, lemos algo que faz sentido de uma forma inesperada. Algo com que nos identificamos, e onde encontramos algo de valioso, onde nos podemos ancorar por uns momentos.

Num assoberbar de citações várias onde, a cada dia, podemos encontrar a miríade de sentimentos que nos assolam, existem alguns conjuntos de palavras que, simplesmente, nos atiram para a zona de deslumbre da descoberta inesperada.

Aconteceu-me há uns dias. Encontrei um certo poema. Guardei-o, como é meu costume. E, nesta ocasião inesperada, reencontrei-o. A ligação foi imediata, completa, e deixou-me agarrada a sentimentos melhores.

Coloco-o aqui, só para saberem de que falo:

if i can stop

Nunca fui muito positiva. Para mim, o sol nunca brilhava mais forte, excepto se fosse para me torrar a cabeça. Viver não me trouxe crenças mais simpáticas. E, no entanto, encontro certas… chamar-lhe-ei justificações. Encontro certas justificações que parecem atenuar os golpes mais feios desta vida. Sentimentos onde encontramos uma medida de consolo inesperada, em acontecimentos que nunca se revelaram noutros momentos.

Se pudermos dar um pouco de conforto a outros, quando tal não se espera de nós, quando não nos é exigido, quando não há qualquer intenção de retribuição, são esses momentos que me dizem que viver não é em vão.

Sei que já o fizeram por mim. E, (apesar de tudo) muito o agradeço. Mesmo quando se tornou difícil de manter.

Fora o exagero da lista de afazeres que, de facto, não nos dizem respeito, a verdade é que, por vezes, há actos que nos mudam. Um palavra dada, um sorriso, um conforto num momento de dor… só estar ali, presente, por vezes é tudo o que podemos fazer e o que é preciso.

Hoje, durmo um pouco mais descansada. Um pouco mais “de bem” com o mundo. Porque trouxe dele a sensação que fiz alguma diferença no bem-estar de outros cuja existência ainda é um misto de descoberta e de inocência. E, isso, talvez justifique viver neste mundo meio parvo.

Pausem, neste Domingo, e pensem. No espectro do Positivo, onde se sentem melhor? O que estão a fazer? Com quem estão? O que não é esforço? O que consola?

Ponham-no em palavras, e em actos positivos, e de bem.

Obrigada e Até Breve!

subscreve

2 comentários em “Se posso impedir (ou confortar) um coração de se partir”

  1. Bom dia, Sara

    Leio a tua pausa de domingo a uma terça. Diz-se que mais vale tarde que nunca, não é verdade…

    Que bem me soube esta pausa de domingo a uma terça.

    Palavras que se/nos viram para dentro, de uma ligeireza profunda, aparente paradoxo daquilo que a todos nos constituí.

    Já valeu a pena.
    Obrigada!

    1. Olá, Ana.

      O dia de pausa é quando nós pudermos/quisermos 🙂 e, fico feliz que este artigo te tenha chegado à terça.

      Obrigada pelas tuas palavras,

      Até Breve!

      Sara

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.