Ler Livros. Comprar Livros e Passeios.

ler livros e feira do livro

Olá a todos. Sejam bem-vindos a esta [pausa de Domingo].

Esta semana quero falar-vos sobre livros. Os objectos físicos. Os livros que escrevi, os que desejo organizar, os que comprei e os que quero comprar… e, sugerir um passeio.

Começo pelos livros que desejo organizar

Cheguei àquele momento da minha existência em que preciso reorganizar as estantes de livros.

Conhecem aquele ponto em que os livros já ficam deitados, em fila dupla, à frente dos que ocupam o seu espaço na estante, e em que os tomos amontoam-se noutras peças de mobiliário, espalhadas pela sala… estão a ver a situação?

Adoro! E, odeio!

Adoro, porque significa que há livros novos, que estão em diferentes processos de absorção. Odeio, porque fica tudo tão desarrumado, e tapam os livros que estão atrás, tornando tudo muito mais complicado quando preciso encontrar um livro específico.

Conto oito meses desde que arrumei, a fundo, a estante e ainda não me decidi por um novo modo de a organizar. Não me convenço a separar os livros que estão na prateleira(s) de poesia, ou de livros sobre a arte da escrita, ou a parte de histórias de terror… por isso, assim continuará.

A minha colecção referente a ‘Jane Austen’ não cresceu… apesar de andar a namorar o ‘Penguin Clothbound Classics – Pride and Prejudice’ há algumas semanas. A tonalidade de amarelo torrado não me deslumbrou, mas a sensação do Clothbound!!!! Adoro!… mas, afasto-me dos temas.

Desta vez, só levei duas tardes a arrumar as estantes. Obriguei-me a colocar os que estou a ler numa prateleira especial. Continuam à distância de um braço, sem grandes dificuldades em ver, escolher e continuar a ler.

No entanto, tenho duas situações a decorrer. A primeira, são as férias que se aproximam e a necessidade de separar os livros que quero levar comigo. Combato a minha vontade de empilhar os livros que desejo ter por perto quando for de férias… porque só faço pilhas e ainda faltam bastantes dias para ir e não quero voltar a ter pilhas de livros que, sejamos sinceros, irei mudar quanto mais a data de partida se aproximar.

A segunda situação é…

A ida à 94ª Feira do Livro de Lisboa

94 feira do livro

Um dia. Estantes sem pilhas duplas de livros aconteceram durante 24 horas… e não mais.

Não comprei a Feira inteira! Mas, os quatro livros que trouxe comigo serviram para, neste momento, existir uma nova pilha de tomos a tapar os que estão atrás… pelo menos, estão na prateleira dos livros que estou a ler.

Este ano e, pela primeira vez, fiz uma lista dos livros que queria procurar na Feira e adicionar em formato físico à minha biblioteca. Nessa lista, conto sete livros. Não trouxe nenhum.

Ou porque não os encontrei. Ou porque o preço não era certo. Ou porque a edição não era aquela que queria. Não estou a ser esquisita. Só não quero trazer um livro para casa só porque sim. Porque sei que, se esperar, e se procurar bem encontro o que quero.

Mas, lá porque não encontrei os ítens que levava na lista curta, não significa que não trouxe nada. Ahhh, não. Encontrei alguns da minha lista mais alargada.

Trouxe “Romancista como vocação” por Haruki Murakami (que o nome dele seja simples de entender, e memorizar, ajuda nas vendas?!), um livro que está na minha lista há algum tempo.

romancista

Comigo veio, também, “A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata” por Mary Ann Shaffer e Annie Barrows. Adorei o filme e quero ler o livro.

batata

Não podia deixar de aceitar uma sugestão literária e, no meu saco veio “O Mundo de Quatuorian” vol.1 por Cristina Pezel. Este conta para a novidade que irei experimentar.

mundo

O último livro contém…

Um conto que escrevi

Em 2015, vi o meu conto ‘Somos Felizes’ ser escolhido para publicação na Antologia ‘Por Mundos Divergentes’, da Editorial Divergência. Podem ler mais sobre isto no artigo Antologia ‘Por Mundos Divergentes’: Um aperitivo para ‘Somos Felizes’.

No ano passado (2023), e após a adição de um conto de um autor novo, foi publicada a 2ª edição desta antologia. Encontram a 2ª edição aqui…

por mundos divergentes

E, este foi o momento em que esta edição veio comigo para casa.

Confesso que a primeira coisa que fiz, assim que regressei da Feira… após os essenciais, e as fotos para o Instagram, foi reler o meu conto. Tinha uma curiosidade esquisita sobre ele.

Não sei se vos acontece, relerem algo que escreveram e haver um distanciamento do trabalho que se executou. Ou, se já ouviram outros autores falar sobre lerem as histórias que escrevem, após vários anos de terem publicado o texto. Eu tenho prestado atenção a essa circunstância específica e os comentários são estranhos e divertidos.

Como uma história contada por Neil Gaiman em que, não reconhecendo o audiobook que o filho estava a ouvir, e achar que a história era um pouco aterrorizadora demais para ele, e demorou a perceber que o livro era seu.

Foi uma experiência interessante que recomendo: lerem algo que já saiu das vossas “mãos” há bastante tempo, e sobre a qual nada mais podem acrescentar.

Neste conto, mudava alguma coisa? Há, pelo menos uma palavra que mudava de imediato. Diz que chamar-lhe ecrã ou tablet era mais adequado do que televisão. Mas, enfim. Está fora das minhas mãos e no Universo.

Se gostam de ficção especulativa, experimentem estes contos (que encontram aqui…). Os autores agradecem.

E, por fim, quero falar-vos sobre os livros que desejo comprar

Durante uns dias, alimentei a ideia que só voltaria a comprar um livro que lesse (ou ouvisse) e adorasse. Imaginem: ouvem um audiobook. Adoram a história. Adicionam uma cópia física à vossa biblioteca para ler e reler.

Perfeito!

Ou não. Acho que já abandonei essas noções. Primeiro, porque tenho muitos livros que não entram nessa categoria. Depois, porque compro livros sem saber, absolutamente nada (ou quase) sobre eles. E, terceiro, porque estimo os objectos e procuro curar a minha biblioteca, mas seria incapaz de abdicar de livros que não excedendo as minhas expectativas no momento, são ainda importantes para mim e, desconfio que, sempre serão.

Plano perfeito abandonado.

Por isso, quero acrescentar as seguintes cópias físicas à minha biblioteca:

Circe” por Madeleine Miller. Confesso que, gostei mais desta história do que de “The Song of Achilles“, como se nota pela classificação no Goodreads.

the cruel prince

Quero adquirir e reler a trilogia ‘Folk of the Air’ de Holly Black. ‘The Cruel Prince‘, ‘The Wicked King‘ e ‘The Queen of Nothing‘. Fiquei fã dos escritos de Holly Black após esta trilogia e do ‘Book of Night‘ (que comprei a cópia física após ter ouvido o audiobook por duas vezes).

book of night

Ando a contemplar comprar 1Q84 por Haruki Murakami, porque faz parte do Game of Tomes bookclub, e é o livro de Julho e Agosto… mas, odeio o preço e, em especial da versão portuguesa (dividido em 3 volumes? Vi bem?). Como o plano de comprá-lo na Feira do Livro não se concretizou, não sei bem o que faça…

E, na minha lista curta quero comprar a cópia física de ‘The Handmaid’s Tale‘ por Margaret Atwood. ‘Old Babes in the Wood: Stories‘ e ‘The Testaments‘ pela mesma autora. Mas, quero em Inglês e se encontrasse The Handmaid’s Tale numa edição mais antiga ficava extasiada… Procurarei e encontrarei. Ou não… logo se vê.

the handmaid's tale

Na sugestão de passeio para este Domingo

Se estão em Portugal, e perto de Lisboa, hoje é o último dia da 94.ª Feira do Livro… é uma opção.

Mas, a minha sugestão de passeio inclui a ida para ver livros. Seja num espaço público, livraria ou biblioteca, ou num espaço privado, na nossa estante pessoal. Caminhar até lá e apreciar o objecto e reparar naquilo que pensamos enquanto o fazemos.

Apreciem as vossas artes, nos diferentes encantos que elas têm. Seja no objecto, nas pessoas que essas artes nos trazem, nos espaços que ocupam…

Obrigada e Até Breve!

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