É Sexta-feira! (Yeah!) J´a dizia a música…
Esta foi uma semana muito esquisita. Como partilhei, em Rejeitar e Redireccionar… e os Escritos, estou em processo de alteração de horários para as actividades que tenho.
Curioso, é que só noto que preciso reajustar algo quando já passei o ponto em que poderia evitar a ocorrência.
Bom, sinto algum conforto porque não precisei de 6 meses para verificar que as coisas estavam a ir nesta direcção. Comigo, podia acontecer com facilidade… vejo muitas coisas mas, nem sempre, vejo o óbvio.
Ora, diz que o fim-de-semana está à porta e, ao invés de dar ideias, em cima do acontecimento, para a [pausa de domingo] proponho um pequeno planeamento para o dia que se aproxima.
Este é o último fim-de-semana que podem visitar a Amadora BD (caso estejam nas proximidades da capital).
Este é um passeio que vale a pena. BD, livros, jogos, eventos, criatividade…
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E, dada a localização deste evento, e numa nota mais pessoal sobre os acontecimentos recentes na zona metropolitana de Lisboa — se não quiserem ler esta opinião pessoal, deslizem até ao próximo conjunto de ***
Não se assustem com as notícias dos últimos dias. Desconfio que a comunicação social está a tentar capitalizar com (e, de certa forma, a provocar) os acontecimentos. O que é uma tristeza pegada. Porque, o que aconteceu, de facto, tendo em conta que não há muito tempo se falava de uma mega operação na zona mencionada, ninguém sabe.
E, infelizmente para mim, não falo sem conhecimento de causa. Há coisas que sempre aconteceram, nos bairros de Lisboa e, nas quais, as forças de intervenção sempre interviram (ou fugiram — testemunhado ao vivo). Porque nunca foi fácil ser-se agente de segurança pública em sítios que possuem vivências muito próprias.
A comunicação social a acicatar os miúdos mais impressionáveis, só leva a mais caixotes do lixo a arder, e paragens de autocarros partidas (como se isto não fosse uma auto-sabotagem por si só… afinal, quem as usa?). A escalada para o autocarro a arder, e o subsequente aproveitamento do facto, noutra zona da cidade, parece-me conjuntural.
Enfim, desconhecendo o que se passou, de facto, (mas conhecendo a realidade social por experiência própria) acho precipitado alimentarem as teorias de conspiração, e dramatizarem os factos.
Mais, acho que fazem mal em apresentar uma alteração da realidade social que não existe. Tudo o que se alterou foi para melhor. O Zambujal como bairro social da minha infância, na rua oposta ao meu, era feito de barracas de madeira, encavalitadas umas nas outras, cobertas de lonas e lixo, assim ao estilo faroeste. Hoje há casas, estradas, escolas e outros serviços essenciais. A maioria das pessoas trabalha e vive as suas vidas “normais”.
Acredito sim, que isto está a ser usado para impulsionar políticos, opinião pública e agendas políticas. Mencionaram-se certas afiliações de pessoas de sindicatos destas forças a partidos que prezam a violência, e o racismo, acima de tudo… Mas, não me ponham a comentar política e sociedade. Tenho o defeito de ter opiniões, e não saber parar de conjecturar.
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Por isso, 35ª Amadora BD, Lisboa-PT — visitem, se puderem.
Porque precisamos de Artes para sobreviver, e interpretar o mundo que nos rodeia.
Outro recurso que me suscitou interesse, e que quero sugerir para esta [pausa de domingo], é o filme Megalopolis de Francis Ford Coppola.
Sim, as classificações são… más. No entanto, a opinião alheia vale o que vale. Ou seja, gosto de formar a minha própria opinião, independentemente, daquilo que a maioria acredita e quero ver este filme (depois partilho o que encontrei).
Coppola é um marco no cinema e, acredito que, esta espécie de manifesto criativo vai apresentar-nos um produto que, não apelando ao entretenimento per se, (porque me parece que se inspira em filosofias metafísicas e experiências de vida) ou com as regras que se definiram para o momento cinematográfico actual, vai possibilitar novidades, e conexões mentais, que não faríamos se não o víssemos.
Ou, então, será apenas uma enxurrada de lugares-comuns. Não sei. Mas, estou interessada em ir ver para saber.
Outra ideia, que vos proponho, para uns momentos descontraídos de [pausa de domingo]: audiobooks no YouTube.
Já procuraram o vosso livro favorito no YouTube?
Será que encontram um audiobook disponível para ouvirem enquanto descansam (ou fazer qualquer outra coisa que vos apeteça… ou que não vos apeteça, mas que seja necessária)?
E, por vezes, encontram-se versões espectaculares que nos fazem ver a obra de outra forma.
Adoro ouvir e voltar a ouvir os meus favoritos. Adoro! E, muitas vezes, nem tenho coragem para os adicionar na lista das obras lidas, tal é a quantidade de vezes que os oiço, enquanto vou à minha vida.
Enfim… deixo-vos três sugestões. Muitas mais há, mas estas foram as que me ocorreram. Partilhem nos comentários o que decidiram fazer e que acham que pode inspirar outros nas suas construções criativas.