Há mais ou menos três anos que tenho vindo a acompanhar a série ‘Anita Blake, Vampire Hunter’. Já passei várias fases de apreciação dos livros da Laurell K. Hamilton, mas em nenhuma delas optei por escrever um artigo. E esta é uma grande falha!!! Ao fim de 3 anos, treze livros desta série, e algumas mudanças de opinião, acho que chegou a hora de olhar para estes livros tal como eles são: uma evolução.
O início deixava um pouco a desejar. Anita Blake, a personagem principal, era demasiado certinha para ser agradável. Irritava-se com pouco e explodia por menos ainda. Com o desenvolvimento da história fomos apresentados a uma quantidade considerável de opositores. Criaturas que tinham o poder de nos pôr a correr, a fugir pela nossa vida, sem olhar para trás nem considerar quem lá ficava para os combater. Hamilton criou, então, uma heroína involuntária. Alguém que não desejava ser nada mais do que era (e o que era já era demasiado complicado de gerir) cujos princípios e valores não a deixavam recuar ou fugir e que era obrigada a conviver com as consequências dessa sua maneira de ser.