“Every novelist dreams of it–writing the book that rockets to the top of the best-seller lists. Now, they can see how it’s done, up close, in a book by an agent who has sold manuscripts that turned into hits.” – ‘Writing the Blockbuster Novel’ de Albert Zuckerman – Amazon
Atentem ao início desta sinopse. Reparem na frase que vende a obra… ou tenta, pelo menos. Eu reparei e “aquilo que todos os novelistas sonham – escrever o livro que voa para o topo das listas de mais vendidos”, claramente, não se referia a mim.
Não porque não queira ver algo que escrevi numa lista de best sellers (como esta aqui…). Não porque não queira escrever um livro com significância. Não que não queira poder viver do meu sonho. Mas, o que eu queria mesmo, era escrever um livro (ou vários) bom.
Quando se vendem (e me tentam vender) como “segue isto e sê o melhor” eu desconfio… sempre. A mim, chegam mais depressa se prometerem que no final terei aprendido qualquer coisa. Que o tempo dispendido no dito (seja ele livro, filme, vídeo ou afins) me dá acesso a uma ferramenta que me poderá ser útil, caso eu escolha que assim seja. No caso deste livro específico, acredito que seja um recurso interessante mas… até o título me arrepia. Claro que há que colocar sempre os preconceitos em perspectiva.
Eu não sonho ter um best seller, ou seja, não o sonho como um fim em si mesmo. Eu sonho ter a capacidade e utilizá-la para o escrever, promover, apreciar e repetir o processo. Quando vejo este tipo de abordagem, a qual algumas pessoas são profícuas em utilizar, dá-me arrepios e só me apetece fugir no sentido oposto. É como se falassem para apenas um dos meus neurónios, ignorando os restantes (dezenas, centenas, milhões, biliões… take your pick).
Não digo que esta abordagem não vende, porque sabemos que vende. Digo, sim que, quem tenha objectivos sérios sobre algo, até pode deixar que estas abordagens cativem a sua atenção nos 3 primeiros segundos. Mas, depois, ou mostram o conteúdo ou estão feitos connosco.
E aqui está o cerne da importância de um título adequado à obra e ao seu público. Títulos para gente com um neurónio para potenciar o lucro, independentemente do livro poder pertencer, de facto, à estante dos quais não vivemos sem consultar.
Compravas um livro com um título deste tipo?
Arrepio inicial ultrapassado, acho que seria um recurso interessante para um escritor… E, depois, li o excerto… Lá vai mais um para a whislist.
ΦΦ
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