Os temas de que somos feitos

Temas. Todos os nossos escritos os têm.

Temas que reflectem, por hábito ou opção, aquelas coisas que fazem parte da nossa vida como pessoas. Sim, todos os escritores e criativos aprendem a reunir, e inspirar-se, naquelas coisas que existem, ou existiram, nas suas vidas.

São esses os temas que nos acompanham, que exploramos, que nos assombram em cada texto.

Quando temos Sensibilidade para perseguir as nossas artes dedicamo-nos a explorar o que pensamos e sentimos sobre um tema. Por exemplo, todos os escritores procuram compreender porque escrevem. Assim, a vida do escritor é, por tradição, um tema recorrente. Assim como a perseguição da fama, a indiferença dos que nos lêem, as críticas que sofremos, entre outros…

Todos nós construímos pelo menos uma obra sobre isto. Um livro, um poema, um pequeno texto… Outras vezes, esse tema domina por completo toda a nossa obra. Aquilo que nos atormenta torna-se transversal à grande maioria dos nossos escritos.

Criamos para suportar, e sustentar, a nossa vida interior. Faz todo o sentido que usemos o que somos como base da nossa obra (o que poderíamos nós usar senão quem somos?).

Nenhuma obra ou arte nasce em vácuo. Nada cresce no vácuo. Precisamos comida, ar, alimento para a nossa arte e os nossos temas.

Temas na forma como Os vivemos, como os observamos nas vivências alheias, como nos chamam e cativam, incentivando-nos a revelá-los um pouco mais, a trabalhar neles até eles serem uma expressão de quem somos, da nossa visão pessoal do mundo.

Quando somos chamados a investigar um tema, nunca conseguimos recusar. Quando nos sentimos enredados pelos seus deslumbres, perseguimo-lo como dependentes de uma qualquer droga irrecusável.

Quando percebemos que podemos usar esse tema a favor da obra que queremos criar, temos a verdadeira hipótese de criar algo importante. A verdadeira expressão criativa de quem somos (como mentirosos que somos).

Não me refiro apenas a saberem quem são, como podem ler no artigo Encontra enredos nas tuas crenças, ou se escrevem sobre temas que se destinam a ajudar os outros, como em Escreves sobre o que é importante?

Refiro-me àqueles temas que nos perseguem quando não estamos a ver. Aqueles que acabam sempre, explicita ou implicitamente, por se manifestar nas nossas obras: O medo da morte. O amor romântico. Um trauma de infância. Violência gratuita. A vossa mãe. O inexplicável. Um mentor…

Compreendermos quais os nossos temas, aqueles dos quais não conseguimos fugir por muito que tentemos, e explorá-los podem ser a única forma de nos sentirmos verdadeiramente envolvidos na criação de uma obra… ou na criação do trabalho de uma vida inteira.

Costumam perseguir os vossos temas? Sabem o que vos move? Conseguem identificar aquelas coisas que vos definem? Deixem as vossas ideias sobre o assunto aqui em baixo…

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