Há uns dias li uma frase cujo significado me ficou gravado na memória. Escreve Steven Pressfield que, é no período final de completude de uma obra que a Resistência se torna mais mortal.
Como eu o compreendo.
Com o avançar da história, com o tempo despendido no projecto, com o cansaço que se acumula, com as incertezas que se avolumam… nada é mais normal do que duvidar.
Duvidar de que sou capaz de terminar. Duvidar de que esta história poderá cumprir os objectivos que estabeleci. Duvidar de tudo, e de todos… ou, apenas, duvidar de mim.
Sei que a única forma de completar alguma coisa é dedicarmo-nos a ela com tudo o que temos. É não permitir nenhuma mudança de rota. É aceitar que sem dor, nada se alcança.
Dizer que ‘farei isto!’ e ‘isto farei’, não importa o que aconteça.
Sim, o cansaço acumula e, os receios ganham força com essa exaustão. Mas, dos que desistem não falam as grandes histórias, pois não?
Assim, nesta pausa de domingo procuro motivar-me para me manter produtiva.
Neste momento, enquanto me encaminho para o final deste livro (The Shapeshifters#1), sinto-me a arrastar os pés. Mas, mesmo a rastejar, tenho de continuar.
Permito-me uma pausa. Permito?
Não sei. Seria saudável permitir-me uma pausa. Só preciso que ela não comprometa os meus objectivos.
No mês que vem, terei tempo para pausas. Neste domingo, faço uma mini-micro-pausa… mas não páro de escrever. Não posso.
Não posso!
Venha de lá o passo caracol até à cena final.
E, não. Não faz sentido clamar por produtividade saudável. É um mês. É um projecto. É, apenas, um livro. Um livro de cada vez.
Desejo-vos uma excelente pausa de Domingo. Espero que estejam bem e que os vossos escritos estejam bem mais suaves do que os meus.
Obrigada e Até Breve!
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