És minha. responsabilidade

own it

Olá a todos! Sejam bem-vindos a este blog.

Conhecem aquela sensação de motivação extrínseca?

Quando algo nos inspira, levando-nos a agir de uma determinada maneira, a trabalhar num qualquer projecto específico, e a apreciar cada momento em que estamos empenhados nessa actividade.

E, se lêem este blog a algum tempo, já sabem onde isto vai parar!

Motivação extrínseca?! Eu conheço-a bem.

Mas, como tudo o que é extrínseco, fora de nós, incentivado por forças exteriores, tem tendência a acabar depressa.

E, é por isto que nunca fui amiga de conceitos como: “a musa inspiradora” ou “ouvir os espíritos criativos, também conhecidos por Deus, e ser apenas a administrativa que regista as ideias num qualquer computador”.

Não sou tocada por nenhuma Divindade para criar o que quer que seja. Era fixe! Dava menos trabalho, não?! Enfim. Não acontece.

Com estas noções, sinto que estaria a entregar o meu poder criativo a outrem, fora de mim, se me deixasse guiar por estas ideias.

Ou, serei apenas demasiado teimosa, para me deixar arreliar por um qualquer poder superior?!? Também me parece possível…

Como costumo dizer: Não faço puto de ideia!

Sei que o processo criativo é esquisito, e tem momentos de fluxo natural, e outros de avançar aos solavancos e, outros ainda, de ficar em imobilidade total.

Quanto à motivação intrínseca é todo um outro bicho.

É aquilo que somos, e fazemos, sem sequer nos apercebermos que outros lutam para completar a mesma actividade. É segunda natureza, porque não representa qualquer esforço adicional para nós. Porque é o que somos, independentemente, das vontades que tenhamos.

Por tradição, as pessoas costumam ter muita facilidade com isto quando se fala de actividades de lazer (e pouco mais). Quando se aprecia algo de uma forma que é parte da nossa natureza e, por isso, não sentimos qualquer esforço em executá-la.

Para algumas pessoas, podemos estar a falar de actividades como ler, por exemplo, ou ver televisão, ou fazer malha.

A cena da Motivação Extrínseca é que ela desaparece, assim que o estímulo vai à sua vida. Ou, vai-se esbatendo com a falta de reforço, até deixar de existir por completo.

Assim como, mesmo se exposto ao estímulo continuado, ele perde a sua força, o seu valor, e deixamos de nos sentir motivados com a passagem do tempo.

Com a Motivação Intrínseca, isto não acontece.

A acção motivada por aspectos intrínsecos é quem somos quando ninguém está a ver.

Claro que, existem sempre factores que podem afectar a vontade de desempenhar uma determinada função, ou executar uma tarefa com a facilidade habitual.

Por exemplo, certos problemas de saúde podem afectar a vontade de fazer algo que antes era parte da nossa natureza. Saúde física, que pode impedir-nos de continuar a praticar certos gestos. Saúde mental, que nos retira a vontade de continuarmos a praticá-los.

Mas, como parte de quem somos, aquilo que é intrínseco acontece sem grande exerção da nossa parte.

Agora, vem outro busílis da questão:

E, aquelas coisas que desejamos que fossem intrínsecas, mas que são extrínsecas?

O que fazemos quando desejamos fazer algo que não nos é natural? Ou que não faz parte da nossa natureza? Ou que receamos que não faça parte da nossa natureza, mas que estamos demasiado envolvidos para podermos tomar uma posição imparcial sobre o assunto?

O que pensamos então sobre isso?

Continuamos a procurar inspiração? A reforçar estímulos? A desesperar quando o resultado do estímulo acaba por desaparecer? A aceitar que certas coisas nos são naturais, enquanto outras não o são?

Continuamos a fazer apenas aquilo que fazemos sem esforço? A praticar aquilo que já não nos custava nada? A escolher só essas actividades?

Continuamos, estrada fora, a ignorar a Síndrome de Impostor que sentimos quando algo não nos é tão natural como respirar?

Ou esforçamo-nos para encontrar outras motivações, estratégias, regras (um chicote?!?), que nos obriguem a manter a actividade?

Abandonamos tudo?

Aceitamos que, se não é natural, não nos serve?

Ocorre-me uma aula de condução, em que partilhei com o instrutor que só queria que “o acto de conduzir um carro fosse natural”, ao invés daquela quantidade aterradora de movimentos de braços, e pernas, e olhos e cabeça, em busca do que pode vir na nossa direcção, exigindo a nossa atenção plena e constante.

Ele achou muita piada. Concordou comigo. E, mandou-me concentrar nos movimentos de braços e pernas, enquanto ele tomava conta do que lá vinha na estrada. 

Quinze anos depois… foi a prática obrigatória e continuada que me proporcionaram a destreza.

São todas elas boas perguntas, parece-me. Muitas mais haverão… e, podem partilhá-las connosco nos comentários em baixo.

É necessário algum nível de loucura associada à necessidade de continuar? É requisito obrigatório ser tomado por uma vontade inexplicável de insistir e eliminar tudo o resto da nossa existência? É a necessidade de fazer dinheiro parte desta motivação? É a obrigatoriedade, sem qualquer excepção ou libertação, o principal motivo?

Há poucos dias ouvi uma frase, que me marcou na sua simplicidade, mas que adaptei aqui para a sua ideia essencial, e deixo como referência:

You have to own it. – J.R. Ward

E, se virem este vídeo compreendem o contexto…

Sermos responsáveis pelos nossos êxitos. Responsáveis pelos nossos erros. Responsáveis pelas nossas escolhas. Responsáveis pela responsabilidade que o que escolhemos fazer acarreta.

RESPONSÁVEIS.

Serviu de motivação? Extrínseca, claro.

Pelo menos, serviu-me de lembrete para o que sou. Para quem sou. Para o que faço, e o que desejo fazer.

E, pode ser Extrínseca… desde que funcione.

Entretanto, a intenção é manter o que funciona connosco.

Quando pensas em Ser Escritor, o que te motiva a continuar?

Obrigada e Até Breve!

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