Olá a todos. Sejam bem-vindos a esta [pausa de Domingo].
Ando a ver uma série de animação infantil (+7, confere!) e, acho que é logo no primeiro episódio, que o amigo do herói agarra no livro de banda desenhada e este, permanecendo sem resposta (é suposto que a pessoa que segure o livro, consiga activar o super-herói para a vida real), é-nos dito que a pessoa tem de ter imaginação para que o livro funcione.
Esta personagem, claramente, não tinha qualquer imaginação. O amigo do herói avança na história para ser o manager do super-herói, a fazer vídeos dos seus feitos, e a perseguir dinheiro fácil… enquanto ajuda o herói com a sua amizade e apoio.
Só para efeitos de colocação da referência, esta série chama-se Hero Inside e posso dizer que a sua qualidade superou as expectativas (não digam a ninguém, mas acho que está melhor do que muitos outros filmes/séries de super-heróis por aí).
O acto de Imaginar algo é uma espécie de mistério, um Santo Graal dos Criativos por todo o mundo.
imaginar
i.ma.gi.nar imɐʒiˈnar
conjugação
verbo transitivo
1. representar ou conceber na imaginação; idear
3. ter determinada opinião ou concepção (pouco fundamentada) acerca de
4. acreditar em (erro de julgamento ou percepção); crer
Adoro o “cismar” = pensar muito numa coisa, planear ou devanear… entre outros significados menos precisos.
É, nas suas mais variadas formas, que procuramos descobrir um caminho onde a nossa Imaginação funcione sem barreiras. Um encher de poço criativo com inúmeras obras, inspirações, criações de outros, tudo isto na esperança de que o nosso próprio trabalho flua melhor quando chegar a hora de o executar.
Mas, o que acontece quando reparamos que a nossa capacidade de retenção, ou de absorção e re-criação, não possui a capacidade de integrar tanta informação que considerámos inspiradora?
O que fazes, quando te cruzas com uma referência nova, que desejavas poder relembrar?
Apontas em algum lado?
Notas, apps, fotografias… vale tudo, quando se trata de nos relembrarmos de algo importante, que alimentou a nossa imaginação, como costumo incentivar, cada vez que falo neste assunto aqui no blog.
Durante muito tempo, geri esta actividade utilizando vários recursos, muitos em simultâneo. Passados uns anos, dei comigo confusa, com tanta informação não categorizada, espalhada por tantos meios, que tenho dificuldade em recuperar qualquer migalha de conhecimento que, sabendo que apontei, não consigo localizar com rapidez… se é que a consigo localizar de todo.
Neste momento, implemento um sistema novo.
Quer dizer, não é novo para mim, utilizei-o na minha adolescência, mas numa capacidade de gestor da vida diária. Ainda tenho a versão A6, na minha caixinha de coisas (coisas que não sei onde guardar, e que não uso com frequência, se é que uso de todo).
Agora, e após várias tentativas de descobrir um sistema que funcione para mim, e para as minhas notas… e tendo em conta que, preciso dar atenção especial às referências criativas… — num momento em que os requisitos da vivência do dia-a-dia exigem a minha absorção quase total… também conhecido como: a miúda não me deixa dormir, ou acordar, num horário em que eu consiga introduzir o acto de Escrever. Porque, sim. Ser cuidadora de uma criança, por vezes, não é conducente à prática da escrita. E, não apenas pelo tempo que nos é requerido, mas pela energia mental que canalizamos para o seu bem-estar, acima de tudo o resto… porque, para mim, é assim que deve ser. Mas, desabafo à parte… — Decidi voltar ao Filofax (sem patrocínio, infelizmente), e após constatar que esta foi uma moda que veio, e foi embora de Portugal.
Mas, não é por isso que decidi voltar ao Filofax… apesar de ser menina para adoptar uma prática, só porque já não está na moda ☺️
Inspirei-me na prática de
Megan Rhiannon (
podem ver os seus vídeos aqui…), que me recordou os tempos em que o Filofax era um companheiro diário, dentro da minha mochila, porque o formato A6 é espectacular para isso.
A facilidade de introduzir novas folhas pelo meio é uma vantagem brutal. A aplicação dos princípios do bujo, no registo das actividades diárias é, não apenas possível, mas útil e relevante. A integração de imagens, em tamanhos reduzidos, torna a prática de imprimir e colar imagens mais sustentável (não é que esteja a pensar abandonar o meu caderno A4 — Imaginarium, porque não estou).
E, apesar de ter escolhido o tamanho A5 para o meu Filofax, (continuo a enganar-me e a escrever, com algum sentido cósmico, o Filofaz… porque é esse o seu propósito: por-me a fazer), que não é tão portátil como o A6, a verdade é que o A5 é um formato mais simpático para escrever. A minha letra não é minúscula, pelo que preciso de espaço.
Na questão da portabilidade, posso sempre andar com umas folhas numa capa e utilizá-las fora do seu suporte normal.
Neste momento, estou a testar os cinco tipos de registos que farei. Um por cada área de interesse que tenho, e sobre os quais costumo anotar informação. Incluí: livros, journal, commonplace book, work notes e filmes e séries… para além dos respectivos calendários e folhas de listas de tarefas.
Ainda me encontro à espera que o Filofax(z), o caderno em si, chegue. Quem manda encomendar sem entrega rápida?!?
E, porque Imaginar necessita das suas ferramentas próprias, como: abrir-nos às novidades e não estagnar naquilo que sabemos e que procuramos saber.
Como Emily Dickinson escreveu, “Vamos ossificar-nos?”. Composto com o argumento de Maria Popova, “não há maior tragédia para um artista do que estagnar e enrijecer numa fixidez, um modelo de si próprio que pára de criar e ao invés atende ao próprio mito. “Vamos ossificar-nos,” a jovem Emily Dickinson escreveu de forma retórica…”
Não. Não vamos ossificar, mas perseguir novas estratégias criativas.
Assim, vos deixo uma sugestão para esta [pausa de domingo], imaginar ou re-imaginar o sistema perfeito para as vossas necessidades criativas. E, dispensar-lhe uns minutos hoje.
Desejo-vos uma excelente [pausa de domingo]
Obrigada e Até Breve!
∞
Referências & Recursos:
Partilhar isto / Share this:
Like this:
Like Loading...
Também ando a tentar melhorar o meu sistema de anotações. Mantenho 2 “cadernos de ideias” de arquivo, à parte disso tenho um caderno de capa dura que anda sempre comigo e o sistema arc em que organizo. No início de cada ano trabalho nesses textos. Um vão p o caderno das ideias, os impublicaveis p outro caderno, poesia crónicas e pequenos contos para arquivos digitais.
Qd tiveres o filofax c coisas partilha!
Olá! Sim, são muitos blocos de apontamentos, um para cada ocasião 🙂
Quando tiver as coisas organizadas, partilho sim. Espero mesmo que funcione nesta cena de me sentir mais organizada…
Obrigada, Olinda
… e Até Breve!