Olá a todos. Sejam bem-vindos [à minha Biblioteca].
Estes são os livros do meu Halloween…
Outubro é mês de Outono. Outubro é mês de Halloween.
Vá! Digam-lá que não celebramos este tema… diz que as suas raízes são comuns ao que se celebra por cá. Quando o significado pagão não podia ser eliminado, alterou-se o seu formato, assimilou-se a festa, e deu-se continuidade à celebração. Ou seja, lá por ter uma capa diferente, não significa que não seja a mesma ocasião. A 01 de Novembro o nosso calendário marca o feriado de Dia de Todos-os-Santos. E, na sua transição de 31 para 01 fala-se no Dia dos Mortos.
O Halloween aparece como algo menos religioso, mas sob os mesmos princípios que criaram a data: celebrar o assustador de relembrar aqueles que já não vivem entre nós.
Pessoalmente, e não sendo apreciadora de inflingir medo, por graça ou desporto, prefiro relembrar a ocasião com livros e actividades de entretenimentos.
Este ano, escolhi uma série de livros de vampiros para este All Hallows Eve Read-a-ton… partilhei uma foto no Instagram com as escolhas iniciais:
E, decidi alargar as 48 horas do costume, às últimas semanas de Outubro, com maior dedicação nesta última semana do mês.
E, estes são os livros que deram início ao tema deste ano, e sobre os quais quero opinar um bocadinho.
Há muito tempo que desejava reler a série ‘Georgina Kincaid’ por Richelle Mead. Este é ‘Succubus Blues’, o primeiro livro desta série. Não tem muitos vampiros… tem alguns. Tem anjos e demónios e nefilim, e uma série de outras entidades. E, a personagem principal é uma Sucubus. Mas, achei que era apropriado para me introduzir no tema fantasioso das leituras deste mês.
Foi um primeiro livro engraçado. Nesta releitura, e após constatar que nem envelheceu mal (tirando uns pormenores de uso de telemóvel que, naquela altura, eram muito mais comedidos do que hoje em dia são — o que significa que nos livros também são utilizados de outras formas, que colocam outras premissas nas histórias… como qualquer pessoa estar à distância de uma chamada telefónica), dei conta que me havia esquecido de partes importantes e, outras partes, fizeram-me um pouco mais de comichão… lá está! A parte do tempo a passar e de como as histórias estão, ou não, fortalecidas para essa ocorrência.
Outro pormenor que me ocorreu: o spice na história. Este foi um dos livros que surgiram nos inícios da luta contra estes tabus na literatura. Tem algum picante, mas nada de comparável com o que se lê por aí, hoje em dia.
Fantasia Urbana no seu melhor e bem engendrada nessa premissa. Gosto da ideia de mundos, maravilhosamente, fantasiosos a sobreviver no meio da monotonia da cegueira humana do dia-a-dia.
Continuo fã desta história e, apesar de ainda não ter avançado para o segundo volume, estou investida em continuar estes livros. Quero relembrar o que me fez apaixonar por eles há uns anos atrás e perceber de que formas isso se alterou.
O outro livro que, não estando nesta lista, arranjou uma forma de regressar à minha vida foi ‘Twilight’ por Stephenie Meyer.
Sou uma leitora assídua destes livros. Gosto de os revisitar, de tempos a tempos, para verificar se a magia se mantém. No entanto, desta vez, o que despoletou esta releitura foi uma versão em audiobook que prometia ser um auxílio para adormecer. Deixo aqui o sítio onde podem encontrar este audiobook (que recomendo).
Ora, mais uma vez este livro foi uma experiência. Desconfio que, finalmente, perdi aquela parte de mim que vê romântico, ao invés de tóxico. Mas, digo-vos que foi o passo lento que este audiobook me proporcionou, que tornou Edward na criatura tóxica e creepy que ele é. A ideia de “tudo é permitido no Amor, desde que aparente ser verdadeiro” não pode ser tolerada.
Ele é condescendente, e aquilo que ele diz sentir por ela, não inclui respeito. Ele não acredita nela e, por mais que haja um elemento sobrenatural para as escolhas dele (a questão dos amores predestinados) a verdade é que, neste primeiro livro, Bela é um artifício à vontade dele.
Já a inteligência e maturidade dela é, muitas vezes, o seu medo de falar, medo de despoletar algo, a incompreensão do que se passa de facto à sua volta, do que a real compreensão das realidades da vida em tão tenra idade.
Enfim, continua a ser um livro constituído por uma miriade de experiências e favorecedor de opiniões.
Comecei ‘The Serpent & The Wings Of Night’ por Carissa Broadbent. Vou a cerca de 1/4 deste livro. Para já, acho que tem demasiada palha pelo meio do conteúdo, o que acaba por obscurecer o conteúdo que tem.
Reter a atenção do leitor não aparenta ser uma preocupação… e, aqui fica uma contrariedade para os que defendem que, actualmente, se preferem conteúdos rápidos e fáceis. O excesso de informação, que pouco contribui para a história, está de boa saúde nos livros que se escrevem.
Na verdade, continua-se a construir obras de dimensão considerável, tenham um objectivo na progressão da história ou não. Acontece o mesmo com um outro livro que estou a ler — ‘Jade City’ por Fonda Lee, sem vampiros — que tem, talvez, demasiados pormenores (palha) e pouco movimento no sentido de avançar a história.
Para já ‘The Serpent & The Wings Of Night’ apresenta-nos uma personagem principal feminina forte, mesmo se em desvantagem clara, no Universo que habita. Os vampiros aparecem numa luz diferente, com uma existência e vivência criada para este Universo e, por vezes, apresentam-se como os animais de instinto, e magia, que é suposto serem.