http://www.dhnet.org.br/dados/livros/memoria/mundo/feiticeira/introducao.html
“Para compreendermos a importância do Malleus é preciso termos uma visão ao menos mínima da história da mulher no interior da história humana em geral. (…)Todos, homens e mulheres, passam a ser, então, os próprios controladores de si mesmos a partir do mais íntimo de suas mentes. (…) Ainda neste fim de século outro fenômeno está acontecendo: na mesma jovem rompem-se dois tabus que causaram a morte das feiticeiras: a inserção no mundo público e a procura do prazer sem repressão. A mulher jovem hoje liberta-se porque o controle da sexualidade e a reclusão ao domínio privado formam também os dois pilares da opressão feminina. Assim, hoje as bruxas são legião no século XX. E são bruxas que não podem ser queimadas vivas, pois são elas que estão trazendo pela primeira vez na história do patriarcado, para o mundo masculino, os valores femininos. Esta reinserção do feminino na história, resgatando o prazer, a solidariedade, a não-competição, a união com a natureza, talvez seja a única chance que a nossa espécie tenha de continuar viva.”
ROSE MARIE MURARO – Malleus Maleficarum
Categoria: Escrever
A minha mente
Não me recordo do dia,
Em que a luz se tornou sombria,
Excerto de “Cântico Negro” de José Régio
“Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos…
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: “vem por aqui!”?”
Ser criança
Se pudesse aprender de novo,
Voltar no tempo, e ser criança
Fernando Pessoa_Vários
“Tudo que existe existe talvez porque outra coisa existe. Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo..”
“Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.”
“De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos.”
O Livro do Chá – Kakuzo Okakura
“…Quem busca a perfeição tem de descobrir na sua própria vida o reflexo da luz interior.”
O Livro do Chá – Kakuzo Okakura
“… Os nossos padrões de moralidade são retirados de necessidades passadas da sociedade, mas deverá a sociedade manter-se sempre igual? A observância de tradições comunais implica um sacrifício constante do indivíduo ao Estado. A educação, para poder acompanhar o poderoso engano, encoraja uma espécie de ignorância. Não se ensinam as gentes a ser realmente virtuosas, mas a comportarem-se convenientemente. Somos ruins porque estamos terrivelmente conscientes de nós próprios. Nunca perdoamos aos outros porque sabemos estar nós próprios enganados. Alimentamos uma consciência porque tememos dizer a verdade aos outros; refugiamo-nos no orgulho porque tememos dizer a verdade a nós próprios. Como havemos de tratar o mundo com seriedade quando o próprio mundo é tão ridículo!…”