Isócrates – Elogio (ou o Poder) da Palavra

“É preciso, portanto, seguir acerca da palavra a mesma opinião que sobre as outras ocupações, não ajuizando diferentemente de coisas semelhantes, e não mostrar hostilidade contra a faculdade, que entre as outras próprias do homem, lhe alcançou os maiores bens. Na verdade (…) nenhuma das nossas outras características nos distingue dos animais. Somos mesmo inferiores aos animais quanto à rapidez, à força e a outras facilidades de acção. Mas, porque fomos dotados com o poder de nos convencermos mutuamente e de mostrar com clareza a nós próprios o objecto das nossas decisões, não só nos libertámos da vida selvagem, mas reunimo-nos para construir cidades, fixámos leis, inventámos as artes. Foi a palavra que fixou os limites legais entre a justiça e a injustiça, entre o bem e o mal; se tal distinção não houvesse sido feita, seríamos incapazes de coabitar. É com a palavra que confundimos as pessoas desonestas e elogiamos as pessoas de bem. É graças à palavra que formamos os espíritos incultos e pomos à prova as inteligências; na verdade, consideramos a palavra exacta a testemunha mais segura do raciocínio justo. Uma palavra verdadeira, conforme com a lei e com a justiça, é a imagem de uma alma sã e leal. É com a ajuda da palavra que discutimos os assuntos contestados e prosseguimos a nossa investigação nos domínios desconhecidos. Os argumentos com os quais convencemos os outros, ao falar, são os mesmos que utilizamos quando reflectimos. Chamamos oradores àqueles que são capazes de falar às multidões e consideramos gente de bom conselho aquela que pode, sobre os negócios, discutir consigo própria da forma mais judiciosa. Em resumo, para caracterizar o poder da palavra, observemos que coisa alguma feita com inteligência pode existir sem o seu concurso: a palavra é guia de todas as acções, assim como de todos os nossos pensamentos. Quanto mais inteligente se é, tanto mais nos servimos da palavra.” Fragmento de Isócrates

As palavras têm um poder assombroso. Escritas ou enunciadas elas caracterizam realidades, definem propósitos e transformam-nos com os seus sentidos. As Palavras são Poder. Um político, um professor, um escritor, um jornalista, todos nós usamos as Palavras para os melhores e os piores propósitos, com objectivos abjectos ou objectos das nossas intenções. Com Palavras aliviamos os nossos corações e numa folha despejamos emoções e ilusões. read more

Arrasar o egoísmo dos homens

Atiramos uma pedra a um lago, agitamos a água de tal forma que tudo o que existe nas proximidades é afectado por esse acto. Agitamos as águas e isso pode ser bom, pode significar mudança. Mas um maremoto não é uma coisa boa, o que até pode ser debatível se considerarmos que a mãe natureza tem mecanismos de defesa muito próprios e pouco gentis para com os Homens.

Na nossa perspectiva, egoisticamente humana, um maremoto destrói vidas. A força das águas arrasta tudo o que pode, relocaliza tudo o que existe em cima da terra, afecta profundamente tudo o que nos rodeia. Simboliza a brutalidade dum meio que aprendemos a domar, mas nunca domesticar. read more

Ser Poeta… Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor! read more

Inspiration enlightens the world

É oficial! A vida dá cada volta que até nos deixa atordoados. Num minuto está tudo dentro da normalidade, no seguinte alguém nos arranca o tapete debaixo dos pés. E se posso dizer que uma das minhas frases favoritas é: “Not till we are lost, in other words, not till we have lost the world, do we begin to find ourselves.”  de Henry D. Thoreau, também posso garantir que todo o processo é demasiado doloroso.

Numa tradução livre: É quando perdemos o mundo, que começamos a encontrar-nos a nós mesmos. read more

“Breathless” Nick Cave & The Bad Seeds

It’s up in the morning and on the downs
Little white clouds like gambolling lambs
And I am breathless over you
And the red-breasted robin beats his wings
His throat it trembles when he sings
For he is helpless before you
The happy hooded bluebells bow
And bend their heads all a-down
Heavied by the early morning dew
At the whispering stream, at the bubbling brook
The fishes leap up to take a look
For they are breathless over you
Still your hands
And still your heart
For still your face comes shining through
And all the morning glows anew
Still your mind
Still your soul
For still, the fare of love is true
And I am breathless without you
The wind circles among the trees
And it bangs about the new-made leaves
For it is breathless without you
The fox chases the rabbit round
The rabbit hides beneath the ground
For he is defenceless without you
The sky of daytime dies away
And all the earthly things they stop to play
For we are all breathless without you
I listen to my juddering bones
The blood in my veins and the wind in my lungs
And I am breathless without you
Still your hands
And still your heart
For still your face comes shining through
And all the morning glows anew
Still your soul
Still your mind
Still, the fire of love is true
And I am breathless without you

….. read more

A inspiração nas pequenas coisas…

Matt Lambros é um fotógrafo com um gosto especial por edifícios antigos. As suas fotos de Teatros abandonados nos E.U.A. são excelentes, fazem-me lembrar pinturas, cheias de cores que se misturam até tornar a imagem numa profusão de cores e formas indistintas e impressionantes. Afinal as antiguidades também têm o seu encanto.

Espreitem o site de Matt Lambros read more