Recordo-me dos primeiros contactos com a poesia de Florbela Espanca. Tenho presente que senti uma dualidade estranha entre o que lia (e o que significava para mim) e aquilo que os outros (professores e colegas) diziam sobre os seus poemas.
Defeito ou feitio, sempre tive a acesa necessidade de fazer sentido daquilo que lia, de interpretar a poesia com base naquilo que me transmitia, dando atenção moderada às interpretações dos outros. Como não será de estranhar, isto nem sempre corria lá muito bem… particularmente na escola. Mas, sempre me esforcei por encontrar aquilo que mais me dizia, a mensagem que ressoava na minha consciência.