Há dias de manhã, que uma pessoa à tarde, não pode sair à noite… ou qualquer coisa do género.
Aquele sentimento brilhante que nos anima logo de manhãzinha, quando pomos o pé fora da cama e logo tropeçamos nos chinelos à nossa frente.
Aquele humor que se arrasta pelo dia fora, enquanto tentamos respirar fundo ao deixarmos cair algo pesado em cima dum pé.
A vontade de agredir a mesa com a testa, quando queremos apagar um email e em vez disso o enviamos para a pessoa que não o deveria ler.
Aquela chamazinha que nos faz entrar em combustão expontânea, quando alguém se arma em parvo, logo depois de estar tudo esclarecido.
É, hoje não foi um desses dias. Obrigada Deus! Foi um dos outros…
A normalidade, o banal, a aproximação de algo que não sabemos de onde vem, só sabemos que se aproxima a toda a velocidade.
Os outros dias são aqueles que passam tão depressa que nem nos apercebemos que já passaram.
Que apesar de nada haver digno de nota, algo insiste em permanecer nos limites da consciência.
Um dia daqueles em que juntas dois e dois e concluis que se o resultado for quatro é uma das maiores injustiças à face da terra.
Pensando bem, é melhor não agradecer estes dias, afinal a ignorância pode ser uma benção. Apesar de preferir a verdade, sempre que tal benefício me é dado a escolher.
Mas até na possibilidade de escolha estes dias são escassos.
E onde há medo, não há sinceridade.
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