Numa narrativa o diálogo tem algumas funções específicas. Essas funções são muito importantes na construção duma história e permitem-nos atingir objectivos na exposição ficcional.
O diálogo permite-nos (e deve) desempenhar funções como:
Mostrar em vez de contar – A interacção entre as personagens permite-nos antever situações e abordar temas, evitando o abuso da narração expositiva. As personagens tornam-se reais quando agem e falam, ajudando a cativar o leitor.
Impulsionar a acção – Os diálogos devem permitir que a história avance, impulsionando as personagens em direcção às suas metas. Não devem servir para reter o leitor ou para fornecer informações excessivas, mas sim permitir que a interacção das personagens os faça progredir e acrescente algo à história, dando o empurrão necessário à concretização dos objectivos das personagens.
Construir tensão e drama – As interacções entre personagens intensificam o enredo, expõem facto de outras formas mais apelativas para o leitor, ajudando-o a relacionar-se com a história e com aquilo que está em jogo.
Mostrar o carácter da personagem – Não só através daquilo que é dito, como no que é silenciado. Esta é a forma como nos expomos uns aos outros na vida real, sem texto expositivo a acompanhar, só com subtexto.
Criar espaços em branco na página Para que o texto não seja tão compacto que se torne maçudo, em vez de atingir os objectivos narrativos a que se propõe.
Assim, o que é um bom diálogo?
Diria que um bom diálogo é, um que cumpra os seus objectivos de exposição, obedecendo a regras de execução e que seja cativante para o leitor.
Para atingir a qualificação de um bom diálogo, quais os cuidados a ter na sua criação?
A resposta a esta questão fica para um próximo artigo de título: Recursos do Escritor: Regras para escrever bons diálogos
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O que consideram ser um bom diálogo? Acham que estas regras se aplicam a um bom diálogo?
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Um comentário em “Recursos do Escritor: As funções do Diálogo”