Como podes conhecer o outro, se não sabes quem és?
‘Know thyself’ ou ‘Conhece-te a ti mesmo’ o aforismo grego, na sua miríade de significâncias reconhecidas ao longo da história da literatura, é também um aviso a todos nós para não prestarmos atenção à opinião alheia.
Como escritores somos frequentemente, mas não exclusivamente, introvertidos e apreciadores da observação das lógicas alheias. E, é aqui que entra a parte desvalorização da opinião dos outros sobre determinadas coisas. Temos de conhecê-la, de forma cuidada e imparcial. Não temos de concordar com as suas visões do mundo.
Mas, é preciso conhecer-nos a nós próprios para entendermos aqueles que nos rodeiam. E, com esse entendimento, desenhar os nossos mundos fictícios e encontrar os temas sobre os quais escrever (e que tanto nos perseguem de forma tão caótica).
De Nietzsche “One has to know the size of one’s stomach.” a Pitágoras “No one is free who has not obtained the empire of himself. No man is free who cannot command himself.”
De Adam Smith “The first thing you have to know is yourself. A man who knows himself can step outside himself and watch his own reactions like an observer.” a Ramana Maharshi “Your own Self-Realization is the greatest service you can render the world.”
A certeza de que dispomos é que todos aqueles que nos cativam através das suas histórias, demonstram a vontade de compreender o mundo, e a constante batalha interior que enfrentam. Batalha essa que, na grande maioria dos casos, só conhecemos através das percepções que formamos sobre as suas obras, ou autobiografias e biografias.
Horas (ou eternidades) que passamos a pensar naquilo que nos acontece e na forma como lidamos com as situações. A comparação com os outros, que advém da constante curiosidade sobre os motivos das suas escolhas e vivências. A aceitação, ou rebelião, daquilo que nos define como personalidades distintas. Mas só o tempo nos traz alguma quantidade de experiências que, com satisfação ou embaraço, nos permitem identificar os nossos gatilhos. E, é assim, que encontramos matéria-prima para as histórias que escrevemos.
Como ‘Recurso do Escritor’ quero deixar-vos uma sugestão algo… pálida quando comparada com anos de exposição à (mais) agri(do que)doce realidade, mas interessante no que diz respeito ao auto-conhecimento.
Um questionário gratuito denominado ‘Personal Strenghts Profile’ (em Inglês e só precisa de um registo de e-mail para aceder) que se resume a organizar, por ordem de importância, aquilo que mais valorizam. Podem aceder ao teste aqui…
Pessoalmente, fui “obrigada” a fazê-lo por motivos profissionais para uma outra área que nada tem a ver com literatura (e acho que demonstrei, claramente, que não era aquilo que era procurado). Contudo, guardo a satisfação de poder afirmar que os resultados só corroboraram as respostas que havia dado presencialmente.
Da posição onde me encontro, acho que não me saí mal, já que os resultados coincidem com o que eu acredito ser. Agora, resta-me transformar isto num Recurso e esperar que vos ajude um pouco a conhecerem-se a vós mesmos… Senão, será apenas um passatempo interessante.
Em jeito de piada, os meus resultados foram: Introvertida (em larga escala) que não toma decisões sem horas a fio de debate interno e, nunca, de ânimo leve. Valoriza a auto-aprendizagem; Extrovertida, quando entre pessoas em quem confia. Lidar comigo com sucesso implica estarem convictos do que sabem e querem… e não hesitem no que é realmente importante ou me lixem. A Confiança é determinante. O Dinheiro é a última preocupação (isto é preocupante!). Teórica, Individualista e Altruísta. Sempre à procura do equilíbrio.
Mas, com tantas páginas de avaliação, isto é só um vislumbre. Experimentem, e digam-me se o que vos calhou coincide com o que pensam sobre vocês próprios… talvez se surpreendam.
ΦΦ
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