Recorrendo ao modo cliché: Estou de molho… outra vez.
E, o que se faz quando se está fisicamente incapacitado? Vá! E, mentalmente, arreliado?! Vê-se televisão. Eu vejo. Aos magotes.
Descubro que perdi, sabe Deus, quantas séries do ‘The Big Bang Theory’. Que comecei, algures no tempo, a seguir o ‘Mentalista’. Que posso ver de enfiada todos os 8 episódios do ‘Abstract’. Rever os filmes mais lamechas que dão na televisão (Olá, quinquagésima vez de ‘Dirty Dancing’). Sonhar com casas para venda em países longínquos. E, fazer sessões non-stop de ‘Masha e o Urso’ (temporada 1, episódio 9, é um favorito) … só porque sim. Ah! E, programas de culinária, para aplacar a fome que nem posso sonhar em saciar.
Uma vesícula-a-menos, umas injecções na barriga, e uns dias de dores insuportáveis depois, e estou apta a sentar-me (e sentir-me) um bocadão melhor.
Depois de um não-dos-meus-melhores momentos, cuja banda sonora para as minhas lágrimas foi Anatomia de Grey, da série que teve mais sucesso (sim, nem a ironia ou a anestesia me passaram ao lado), e de enfrentar os quatro buracos na barriga (que era mesmo o ornamento que lhe faltava), aproveitei para descansar e inspirar-me um bocado naquelas coisas que não consigo fazer quando estou de boa saúde.
8 episódios de Injecção-para-oblívio depois e sugiro, mesmo, que tirem o tempo para ver esta série: Abstract – The Art of Design.
Já tinha aqui falado do primeiro episódio em Abstra(c)to – Um documentário para o Artista que há em ti, agora quero só apontar que, salvo excepções (sim, porque nem todos os temas me interessam), seja qual for a tua prática artística, este é um documentário a absorver.
Descobri, pelo menos, mais um artista que desconhecia que já conhecia. Porque outras artes são interessantes mas nem sempre se faz a pesquisa intuitiva de quem fez o quê. E, muitas vezes, essa informação é difícil de localizar por passar por tantas partilhas mal identificadas.
E, verdade seja dita, nem sempre tenho paciência para dar uma de Miss Fletcher… Gosto de uma imagem, um artigo, uma fotografia. Daqui a uma hora é uma sorte se me recordar dela. Por isso, quando me cruzo com algo que desejo absorver, não costumo deixar para depois.
Os meus favoritos: Ep.1. Christoph Neimann – Illustration; Ep.3. Es Devlin – Stage Design; Ep.6. Paula Scher – Graphic Design; Ep.7. Platon – Photography; Ep.8. Ilse Crawford – Interior Design.
Porque terapia televisiva é a cura proverbial para tudo aquilo que queremos esquecer. E, não. Não aconselho como método continuado de tratamento. Mas parar, de vez em quando, e ter oportunidade de aprender outras coisas, noutros formatos é uma forma de nos expormos a outros conteúdos e nos inspirarmos neles.
Adepta daquela corrente de pensamento de fazer o melhor com aquilo que se tem, sugiro que aproveitem a vossa pausa de lazer, ou forçada como foi o meu caso, e espreitem Abstract – The Art of Design
E, olha, que o Netflix até tem um mês à experiência, mas quanto a isto já não posso aconselhar nada (porque não sei como funciona na realidade). E, a polémica taxistas-versão-televisiva não será para aqui chamada. Mantenho-me assim isenta de aconselhar meios mas, se tiverem como ver esta série, esse tempo será bem empregue.
Aproveitem! Tirem notas e… digam lá qualquer coisa sobre isso. Comentários, e sugestões, são sempre bem-vindos.
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