Porque Ler é como ter um objectivo

ler com um objectivo

Desde o início deste blog que me propus a investigar, e partilhar convosco, como procurar conhecimentos sobre a arte da escrita. 14 anos de blog e as leituras multiplicaram-se e os vídeos da especialidade brotaram em solo fértil.

Tem sido um caminho longo, percorrido em grande parte, através de recursos em Inglês.

Quando comecei pouco havia online sobre Escrita, nascido em português, ou traduzido. Felizmente, havia recursos em Inglês. Inaugurei e mantive toda uma série de artigos denominada Recursos do Escritor assim como A minha Biblioteca em que partilhei estas descobertas.

Foi com bastante dificuldade que descobri uns poucos livros sobre o assunto, e que avancei para uma recolha de recursos mais assídua, até me surpreender com a globalização do conhecimento, que se encontra agora ao nosso alcance seja pelos grandes retalhistas da especialidade, seja pelos vários recursos disponíveis online.

Um década (quase) e meia mostrou-me o quanto evoluímos neste domínio.

Temos, agora, entidades que proporcionam formação nesta área, livros escritos por autores portugueses sobre a arte, acesso aos livros e vídeos mais internacionais, bastantes empreendedores a facilitar workshops, universidades a oferecer conteúdos literários, clubes de leitura governamentais, editoras e livrarias a promover eventos e grupos de leitura e discussão com regularidade… até temos a SPA na televisão.

book shelf
Recursos ao nosso alcance…

Quando as escolhas abundam o que acontece? Ficamos confusos. Eu sei que fico.

Sobre escolher as nossas leituras, enquanto nos encontramos a fazer pesquisa, idealizar, ou escrever uma história, escrevi um pequeno artigo, que podem ler aqui…,  com alguns apontamentos sobre o assunto.

De repente, passámos a dispor de um manancial de informação com o qual apenas tínhamos sonhado. E, haja tempo e dinheiro para toda a lista de recursos que desejo explorar!

Nesta busca por ter algum tipo de controlo sobre os materiais em que invisto tempo/dinheiro, é com alguma ansiedade que escolho o que me serve a cada momento desta grande viagem que tem sido o mundo da literatura e da escrita.

O Goodreads serve-me de formas inesperadas, como tenho comentado convosco noutros artigos (como este aqui…) e, neste momento, dei início ao meu primeiro book journal, cujo aspecto podem ver aqui…

book journal

Há tipos de leituras diferentes. Cada um adequado à fase em que nos encontramos. Cada tipo obedecendo aos critérios que desejo ver implementados.

Por exemplo, escolho os livros que leio de acordo com os objectivos que tenho para cada um deles.

Não sei se já se perguntaram porque acumulo tantos livros que ando a ler em simultâneo? Esta é a resposta…

Escolho um para me divertir. Um para aprender sobre a arte da escrita. Um para investigar um tema qualquer que me interessa. Um para conhecer um autor específico. Um para me ensinar coisas sobre um tema ou acontecimento. Um com um género literário paralelo… Quero opções!

Acontece-me, com frequência, que os livros que ando a ler vão-se acumulando meio lidos, até haver um momento em que decido pegar num deles e dedicar-me. E, assim vou avançando, lendo e procurando aprender… constatando, porém, que aprender é reconhecer que pouco se sabe.

Também, nas diferentes fases do nosso processo criativo devemos considerar o que devemos ler num dado momento. Como?

Não apenas o que desejamos ler mas, também, o que serve aquela fase particular do nosso crescimento criativo.

Digam lá: “Ah! Mas eu escolho livros que vou gostar de ler! Não escolho livros por obrigação.”

Concordo.

Eu escolho livros que acredito que vou gostar de ler, e escolho passar livros à frente quando me interessam (como, por exemplo, ler todos os livros de Jane Austen só porque adorei o primeiro). E, abandono leituras que não me agradam (algumas para voltar a reler noutra altura da minha vida).

Em simultâneo, escolho livros que acredito que vou gostar de ler porque me vão acrescentar conhecimentos que não tenho (como por exemplo, “The Art of War de Sun Tzu”, que me pôs a pensar nas regras de combate terrestre, entre outros assuntos…).

Vejo os livros como…

  • ferramentas para a mente
  • repositórios de conhecimentos
  • histórias que nos servem como estudos de caso
  • aqueles que nos divertem e nos dão prazer
  • companheiros de momentos específicos porque acedo aos seus vários formatos (papel, audiobooks, kindle, pdf’s, vídeo…)
  • os que nos ensinam coisas específicas e importantes

E, assim, prossigo a escolher as leituras que acredito que me servem e a tomar decisões sobre elas em cada momento.

E, por aí? Como escolhem as vossas leituras?

Deixem as vossas sugestões de leituras nos comentários. Agradeço dicas para boas leituras.

O que andam a planear

Obrigada e Até Breve!

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