Nesta pausa de Domingo, Páscoa, convido-vos a explorar a seguinte pergunta: E se…?
Os temas são os da actualidade… da actualidade ocidental, pelo menos.
Este Domingo celebra-se a Páscoa, um dos mais importantes eventos religiosos do cristianismo. Por tradição, a Páscoa é celebrada na Igreja, com a típica missa e mais umas coisas do género, e em família.
Mas nestes últimos anos, estas são tradições cada vez mais diluídas no tempo e nos seus significados. As coisas em que as gerações mais velhas acreditavam não se mantiveram. E, a influência religiosa nas nossas vidas modificou-se.
As nossas crenças e comportamentos alteraram-se e, as coisas que nos foram ditas que existiam, os milhares de exemplos que temos da forma como esses eventos históricos afectaram de forma negativa a vida das pessoas, a irrelevância e descrença provocada pela introdução de outros conhecimentos têm determinado o cair no esquecimento de muitas destas crenças.
Mas, estas são evoluções naturais, nas gerações que vivem neste tipo de ordem social. E, o mundo é feito de muitas outras crenças e ordens sociais e religiosas, cada uma delas com o seu fervor muito próprio.
A curiosidade sobre as referências históricas, para além da exposição normal a que fui sujeita ao longo da vida, deixou-me apenas o gosto por conhecer estas histórias. O resto, a parte do praticante da religião, acho que nunca existiu de facto.
Páscoa é para passar com família, mas não acredito nisto apenas para a Páscoa. Gosto de ovos de chocolate, não vejo qualquer interesse no folar. Adoro peixe, mas, a carne não deixa de estar na ementa na 6ª feira santa.
Compreendo que a Religião tem sido uma forma de tentar educar as pessoas perante valores que se queriam mais elevados. Em épocas em que a instrução era inexistente, eram as igrejas que ofereciam um pedaço de pão, em troca da devoção de uma pessoa, e facilitavam a aquisição de conhecimento.
Mas o que vejo, de uma forma demasiado simplista para o que é a realidade mais complexa, é que cada religião propõe-se a ordenar, normalizar (e melhorar?), a vida dos que os seguem.
Só que tudo isto é feito de pessoas. Aquelas que em frente à possibilidade de concretizar o seu poder sobre os outros, e verem as suas necessidades satisfeitas, em detrimento dos bons sentimentos do mundo, não pensam duas vezes sobre o que estão a deturpar para poderem sobreviver. E, sobreviver é o objecto da coisa, não é?
Antes da pandemia ser um assunto meio esquecido, li algures que o que costuma salvar países da ruína económica é uma guerra. Acho que sou ingénua o suficiente para não ver esta suposta guerra em que queremos, mas não queremos, enfrentar.
Também as guerras são agora feitas de enganos em massa e estratégias de manipulação de coisas que, não se vendo, têm poder.
Há uma guerra a ser travada na comunicação social. Uma na ciber-esfera. Uma nos corredores dos edifícios governamentais por esse mundo fora…
Este é um momento em que cada um destes temas: sociedade, religião, política, guerra; têm muito para nos oferecer. Tudo o que mudou. Tudo o que é. Como tudo muda. O que foi. O que é. O que pode vir a ser.
Um manancial impressionante de material para criar distopias.
É uma espécie de momento em que nos podemos perguntar “E se…?” E, trazer essas perguntas para as nossas artes.
Usá-las para aprender e considerar.
O que é a Páscoa? E se este evento deixasse de fazer parte da sociedade como a conhecemos? E, se daqui a 10 anos a balança de poderes mundiais mudasse? E, se os países com mais números decidissem mudar o equilíbrio mundial? E, se ocorresse um evento reconstrutivo da vida terrestre?
E se a vida como a conhecemos mudasse?
É uma pergunta importante.
“E se tudo mudasse?” é um bom pontapé de saída para uma história de ficção 🙂
Muito obrigado, vou pensar nisso!
Olá, Francisco! Pensa, sim. E, que te proporcione uma espectacular história de ficção.
Obrigada por comentares.