Homenagem aos Livros Lidos em 2024

homenagem a 2024

Olá a todos. Sejam bem-vindos  [à minha Biblioteca].

Esta é uma homenagem aos livros que li em 2024. Esta é uma homenagem a 2024, através das actividades livrescas associadas, e de tudo o que mudou neste departamento. Esta é uma homenagem à busca pelo equilíbrio, que sempre me escapa, quando me dedico ao que, de facto, tem valor para mim.

2024 foi o ano em que, sensatamente, estipulei o objectivo (habitual) de ler 70 livros.

Sensatamente porque, diz que existem anos em que eu tomo decisões estúpidas sobre a quantidade que consigo ler.

Há vários anos que estudo os meus números no departamento de livros lidos e, salvo excepções, motivadas por decisões conscientes, em que não consigo manter o objectivo porque a vida acontece, ou porque estipulei uma quantidade demasiado arrogante para ser sequer viável, diz que 70 é O Meu Número.

Claro que em 2025, quis empurrar a barreira mais um bocadinho, e estipulei 80 livros como objectivo… só porque leio bastantes livros infantis que são bem mais curtos. Espero que esta não venha a ser uma decisão estúpida, para mais tarde lamentar.

Em 2024…

as ocorrências do ano foram muitas e variadas.

Este foi o ano em que decidi criar um verdadeiro Book Journal.

Este foi o ano em que participei no Clube de Leitura Game of Tomes.

Este foi o ano em que desliguei da obrigação que sentia em registar tudo o que li no Goodreads… e ficar chateada porque não queria fazê-lo.

Este foi o ano em que fui experimentar o Fable… e não fiquei convencida.

Este foi o ano em que revisitei a Buchholz (R. Duque de Palmela), algo que anda na minha bucket list of sorts há uns anos.

Este foi o ano em que vi a necessidade de ligar ideias, tópicos, conhecimentos, imagens, actividades, aos livros que leio.

Este foi o ano em que o bujo, o journal, o commonplace book e os diários se cruzaram de formas inesperadas e construtivas.

Este foi o ano em que decidi curar a minha biblioteca pessoal, com input dos livros virtuais que, após lidos ou ouvidos, quero adicionar a cópia física… para ter e voltar a ler.

Este foi o ano em que a poesia voltou a encher, de forma avassaladora, a minha vida.

Este foi o ano em que procurei tornar a leitura mais relevante para a minha filha.

E, para cada um destes temas, relaciono algumas leituras que fiz, neste 2024 que passou.

Assim, em homenagem a 2024, que só me trouxe bons livros, vamos por temas-associados-a-livros:

1. Este foi o ano em que procurei tornar a leitura mais relevante para a minha filha.

livros infantis lidos em 2024

Ler e… associar actividades às leituras, como desenhos, corridas, fazer marcadores de páginas, tirar fotos, encontrar pormenores escondidos noutros meios… E, em simultâneo, criar um espaço seguro para conversarmos, enquanto procuramos as respostas às perguntas que ela tem.

E, passámos dos livros totalmente ilustrados, para os livros com mais palavras do que ilustrações. Também, passámos dos temas mais directos, para outros com diferentes características e mais dimensão.

Deste conjunto de livros, adoro e recomendo:

Se eu fosse…” por Santoro — um argumento que nos incentiva a olhar para quem somos e o que podemos fazer com quem somos, desde que saibamos reconhecer a magia de que somos feitos.

Qualquer livro de “OS Mini-Cinco” de Enid Blyton — “Os Cinco” foram os livros da minha pré-adolescência, o que me torna tendenciosa na sua escolha. Mas, isso não importa. Os mini-cinco são as versões das histórias para um público mais jovem. O que me surpreendeu é que, mesmo nesta forma mais condensada e simplificada, estas personagens mantêm o mesmo encanto.

“Como Aqui Chegámos” de Philip Bunting — uma descrição ilustrada da história da criação do Universo, do nosso Planeta e dos Seres Humanos. Faltavam-me palavras que explicassem de uma forma simples, algo com que este livro me ajudou.

2. Este foi o ano em que a poesia voltou a encher a minha vida.

poetry books 2024

Este foi o ano em que reli Oscar Wilde e a sua experiência de vida é comovente de formas inesperadas. O ano em que li Margaret Atwood na sua poesia, e a escrever sobre poesia. Conhecer a obra desta autora, levou-me a encontrar uma favorita intemporal. O ano em que descobri a poesia de Emily Bronte, que me apresentou a uma nova perspectiva da obra das irmãs Bronte. O ano em que me reconectei com as palavras de Leonard Cohen. Não me revejo em tudo o que este homem escreveu, mas aprecio grande parte dos seus poemas. Este foi o ano em que decidi apreciar, com calma, a vida e obra de Emily Dickinson, assim como, o que se suspeita terem sido os seus processos criativos.

3. Este foi o ano em que decido o que adicionar à  minha biblioteca pessoal.

E, estes foram os que adicionei com intenção.

livros físicos em 2024

Por vezes, faço compras por impulso. Isto acontece quando um conjunto de factores se alinham: reconheço o livro como um dos que quero ler; apresenta um preço simpático, ou está com um grande desconto; tenho disponibilidade financeira, no momento em que me cruzo com ele.

No meio de todas as variantes, que podem incentivar uma compra por impulso, acredito que este tipo de escolha na aquisição não reflecte a verdadeira essência da “compra por impulso”.

No entanto, em 2024 decidi que, todos aqueles livros que li/ouvi, os quais não possuo uma cópia física, e que quero reler, e anotar, comprarei uma cópia física assim que me for possível dispensar o valor em causa.

As excepções? Ou seja, as verdadeiras compras fora da lista: Livros em segunda mão (real, não os usados a preço de ouro), algumas novidades e aqueles que sei que quero coleccionar.

Ficaram bastantes para adicionar à prateleira física, porque em 98 livros lidos, outros houve que gostava de reler em cópia física. Mas não serão esquecidos.

4. Este foi o ano de bujo, journals, commonplace books e diários.

books on note taking 2024

Outros livros houve que não li na íntegra, mas que pesquisei em suficiência para contribuirem para a investigação deste tema (estes não constam da lista de lidos, ou da imagem acima).

2024 viu a minha passagem para o Filofaz como modo de expressão pessoal. Em simultâneo, nasceram outros formatos de blocos de notas que me têm acompanhado. Com a relevância do mundo digital diz que o analógico está a ficar para trás. Mas, não o faz sem dar luta, e muitos de nós regressam a ele para sentir algum controlo do seu tempo e da sua privacidade.

2024 viu esta mudança em mim, de uma forma mais determinada.

5. Este foi o ano em que revisitei a Buchholz…

livraria

Actividades relacionadas com livros, e passeios relacionados, voltam a estar na minha lista de eventos divertidos, em que quero participar. E, se encontrar algo ligado a um tema do momento, melhor ainda. — (como me aconteceu com o livro “Se Eu Fosse…” por Santoro, em que lemos um excerto no livro da escola quando, no dia anterior, tinha-o encontrado na livraria e ponderado comprá-lo… porque adoro as meninas Gorjuss).

6. Goodreads, Fable e Fable VS Goodreads

livros lidos em 2024

Não me entendo no Fable. Pronto! Está dito. Importei os livros do Goodreads, para o Fable, mas ficaram a faltar tantos que, só a ideia de ir, um a um, introduzir o que falta, me proporciona um grandessíssimo ataque de overwhelm. E, não preciso desse stress!

Participo no Game of Tomes Bookclub, que está no Fable, o que me fez entrar na aplicação, mas onde não entendo porque raio há tanta derivação de conversa,  mas pouca operacionalidade no acesso aos livros registados na app.

A ‘rede social’ toma conta da aplicação de livros… ou é essa a sensação com que fico, cada vez que tento usar.

Quanto ao Goodreads, libertei-me da necessidade de registar tudo o que li. Muitos livros existem que não estão no Goodreads e, não trabalho na empresa para perder tempo à procura dos campos todos que são precisos preencher, cada vez que quero adicionar um livro à minha lista. Este foi um daqueles assuntos que passei para o registo analógico sem qualquer hesitação.

Tenho a certeza que deve haver para aí uma outra aplicação mais inclusiva, para esta minha personalidade falhada, cheia de livros esquisitos para adicionar. Se souberem de alguma, agradeço a sugestão.

7. Este foi o ano em que decidi criar um verdadeiro Book Journal

1 book journal

book journal 2

Quero adicionar aquilo escrevi sobre os livros que li. Quero regressar a anos anteriores, e fazer o mesmo para todos esses livros especiais.

Quero ter um sítio dedicado, onde aponto o que quero, sobre os livros que li, da forma que achar mais adequado. Isto é algo que nasceu em 2024 e que já comecei a organizar. Quanto tempo levo a incluir todos os favoritos do passado? Não sei. Não importa. Mas deixo a homenagem a 2024 por me ter possibilitado a ideia.

Quanto ao meu Top de leituras de 2024 ? Aquelas leituras que adorei e que guardo no coração? Pois, retenho a informação para outro artigo e formatos diferentes. Mas, vou partilhar convosco, não me esqueço.

Assim, agradeço a 2024, todo o reino de ideação, e criação, que me foi disponibilizado. Agradeço a 2024, a confirmação do que é, os vislumbres do que pode ser, das perspectivas e das curvas no caminho.

Agradeço as importâncias e as significâncias. Obrigada, 2024! E, que venham de lá as leituras de 2025. Sejam Bem-Vindas!

Livros de 2024 e impacto na tua vida? Partilha connosco os teus livros de 2024, nos comentários e o que te fizeram sentir.

Obrigada e Até Breve!

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