“Percepção”: A inspiração, as influências e o pragmatismo – excertos de uma apresentação

Este texto é uma composição inspirada de excertos da primeira apresentação pública de Percepção, das minhas ideias pessoais e das minhas pesquisas.

Proponho que espreitem, uma vez mais, para dentro da minha mente e descubram algumas das coisas que penso sobre Percepção

A possibilidade de existir alguém que saiba o que se passa na mente consciente de outra pessoa, sem ser preciso comunicar verbalmente foi estudada durante anos sob o jugo das capacidades extra-sensoriais. Formou-se uma quase-ciência que procurou repetir e provar através de métodos científicos, a existência de poderes telepáticos entre outras excentricidades.

Cientificamente, a existência de tais capacidades nunca foi provada e a falta de provas empíricas reproduzíveis e comprováveis, assim como a fome humana em explorar o desconhecimento e o medo alheio, estigmatizou cientistas e banalizou charlatões.

No mundo da ficção, seja sob a forma de livros, filmes jogos ou banda desenhada, nunca tais características estiveram tão vivas como actualmente. A ficção e a fantasia, alimentam os espíritos de milhões de pessoas, cujos temas preferidos são tudo aquilo que os afastem duma realidade mundana e banal.

Em Percepção, a empatia e a telepatia são as alavancas duma história ficcional baseada em relatos de pessoas reais. Escrevo sobre pessoas e relacionamentos, sobre mudança e crescimento pessoal, sobre capacidades extra-sensoriais num mundo opressor, sobre o impacto de um indivíduo no ambiente que o rodeia e na força que ele pode ter, quando se predispõe a isso.

Inspirei-me nos jovens lisboetas que vivem em Londres, uma cidade espectacular cheia de pessoas, hábitos e culturas diferentes. Das minhas viagens a Londres, trouxe na bagagem um amor à primeira vista pelo ambiente da cidade, pela cultura e pelos princípios sociais instituídos.

Ao contar esta história procurei juntar as duas partes de mim: a céptica, que não acredita excepto se lhe fornecerem provas científicas e, a boa espectadora que desliga a mente dessas praticabilidades e embarca nas viagens fantasiosas com um sorriso nos lábios e um olhar deslumbrado.

Nunca foi tão fácil escrever sobre fantasia, e nunca foi tão fácil divulgá-lo, mas nunca foi tão difícil enquadrá-lo no mundo tecnológico e científico que hoje temos ao nosso dispor. Já não existem muitos becos escuros e casas assombradas no nosso dia-a-dia e isso torna-nos cépticos como leitores.

Queremos literatura fantástica, mas não queremos tornar-nos menos pragmáticos sobre o que é real e o que é fantasia. E em simultâneo queremos aproveitar esse mundo paralelo, a outra dimensão deste planeta onde vivem as nossas histórias e a nossa imaginação.

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