“Não consigo criar nada que seja bom o suficiente.”
Esta é a parte de que ninguém gosta de falar, o segredo que não é assim tão secreto, um dos resultados possíveis se estivermos desatentos ao que se passa na nossa mente.
Falar em criatividade esgotada é um tema tabu, uma possibilidade que nenhum autor admite com facilidade. É um demónio que nos persegue constantemente, o elefante branco no meio da sala.
No caso dos escritores o isolamento social, a elevada introspecção, a análise profunda daquilo que o rodeia, a pressão de produzir de forma constante e consistente, a exigência de perfeição em tudo o que faz, as escassas recompensas pelos seus esforços, o tédio, a desmotivação e a falta de apoio, são alguns dos factores que contribuem para a exaustão das nossas capacidades criativas.
As consequências mais directas são verdadeiras maratonas de dores de cabeça, insónias e mudanças de apetite, doenças inexplicáveis várias e, nos casos mais severos, abusos de substâncias, obesidade, depressões crónicas ou suicídio.
Não é difícil atingir o ponto de exaustão severa, o momento em que a desmotivação se apodera e a dúvida se instala. Importante é aprender a identificar os sintomas e a procurar minimizar os impactos que estas espirais emocionais têm sobre nós.
É particularmente importante manter-nos activos e cultivarmos uma atitude positiva perante as situações. Esta recusa do negativismo e a celebração das pequenas (e grandes) vitórias podem significar uma recuperação, quase indolor, dum estado que tememos até mencionar.
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