O slogan deles é “ideas worth spreading” ou ideias que valem a pena divulgar. Já sabem do que falo? Isso mesmo. E, eu ando sempre à procura de ideias dessas. É que, ao contrário daquele imenso público que presta uma atenção residual a todas as ideias que pareçam motivacionais, eu gosto de absorver a mensagem. Ouvi-la, compreendê-la, aplicá-la, se possível e adequado e, então, divulgá-la.
Independentemente daquilo que uns pensam e, para lá do que outros acham, acredito que há muito a aprender com aquilo que outros experienciaram (e reconheço os sintomas da parábola da consciência quando os vejo). Não procuro insistentemente este tipo de vídeos mas, quando me cruzo com eles sei reconhecer aqueles que podem fazer a diferença na minha, e na vossa, vida. Pelo menos, enquanto os seus efeitos permanecerem…
Este senhor chama-se Larry Smith e o título desta pep talk ou conversa de pé de orelha (como gosto de lhes chamar) é “Why you fail to have a great career” ou, em tradução livre, “Porque não tens uma óptima carreira”.
O primeiro motivo porque não temos uma óptima carreira é: Paixão.
Larry afirma, e eu concordo, já não há boas carreiras. Há carreiras excelentes e há trabalhos que nos destroem a alma. O assim-assim, o seguro e confortável, acabou. Há, sim, pessoas que querem ser excelentes naquilo que fazem. Pessoas que seguem as suas paixões. Pessoas que, tendo medo de falhar, fazem na mesma. Pessoas que param de arranjar desculpas, enfrentam o medo, e seguem o que o coração lhes diz.
Damos por nós a pensar “tive um sonho e não o persegui.” Apanhamo-nos a brincar com frases como “as pessoas normais não têm paixões irracionais”, ou “não quero ser esquisito”, ou “as pessoas que amam o que fazem tiveram sorte ou são génios”.
Temos Interesses ou Paixões? Queremos mover o mundo ou basta-nos trabalhar muito? Ser competentes significa ter uma carreira óptima? Se nos contentamos com ser interessante o que faremos de diferente? Temos medo do Destino?
Somos peritos em inventar desculpas: Foi sorte. É um génio. Pessoas normais não fazem isto. É mais importante ter uma boa carreira. Os que nos rodeiam vêm primeiro… Desculpas.
Justificamo-nos com isso e ainda impedimos que os outros persigam os seus sonhos. Não lhes dizemos que “tivemos um sonho, mas que tivemos medo de o perseguir”. Dizemos antes, “arranja algo sólido a que te possas agarrar.”
Queremos mesmo olhar para a nossa família e vê-los como empecilhos? Como carcereiros? Compreendemos que não depende deles mas de nós próprios? Queremos enfrentar o nosso medo de falhar? Perseguíamos o sonho se houvesse esse pormenor que afirmamos que nos falta? Se tivéssemos mais dinheiro? Se vivêssemos numa casa maior? Se não tivéssemos pessoas que dependem de nós? Mandávamos o medo para o raio que o parta se nos encontrássemos na situação ideal? Ou o ideal é não podermos tentar? Não nos permitirmos tentar?
Um vídeo hilariante, motivador, interessante, que nos leva a reconhecer os nossos padrões. Uma conversinha de pé de orelha que me andava a fazer falta há meses.
E tu? Porque não tens uma óptima carreira?
Se fores como eu, e como a maioria das pessoas que conheço, é porque isto… e aquilo… e aqueloutro.
Ora, para já fico com a Paixão que me é possível no momento. Fico pelo Sonho que comecei a construir há quase uma década. Fico com este vídeo e o incentivo a que persigam a vossa carreira de sonho, a vossa vida de sonho, seja ela qual for.
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Além da Paixão, eu acrescentaria a Ambição. Em se ser melhor cada vez mais, em ir mais longe e ultrapassar barreiras. Acho que Paixão não é o suficiente para se ter uma excelente carreira, pois não é difícil fazer o que mais se gosta de fazer. É muitas vezes divertido, dá para sentir uma espécie de realização pessoal. Não há medo. O medo vem com a ambição, no momento em que se confronta aquilo que é feito com aquilo que queria que fosse feito, e acontece que isso mexe com a ideia pessoal de realização. Não é só fazer bem, é fazer o melhor.
Não sou muito ambicioso mas devia, mesmo que esteja contente com o que faço. Aqui acredito que é preciso trabalhar muito, mas mesmo muito, faz sentido, matematicamente e não só 🙂
A Paixão é o primeiro passo. E não dá para forçar na escolha. Temos que adorar fazer o que fazemos, com todos os prós e com todos os contras 🙂
Sim, Rui. Concordo contigo 🙂