Um dia ainda serei daquelas pessoas que vai à Feira do Livro com uma lista organizadinha do que quer trazer para casa. Não irá acontecer este ano. E… parece-me que nunca irá acontecer. Não sou dessas pessoas organizadinhas. Acho que nunca serei.

Ao invés, sou daquelas que marcam com os amigos ir à Feira do Livro. Que dá umas voltas nas várias visitas que faz. Que espreita as bancas várias vezes porque, na primeira e segunda passagem, ainda não sabe se pode trazer aqueles “meninos” para casa ou se terá de passar pelo menos mais duas vezes pela banca e namorá-los mais um bocadinho. Uma visita não chega para isto tudo. Uma visita nunca chega.

Mas, este ano, trouxe da Feira do Livro outra coisa. Trouxe um panfleto. E, nesse panfleto, trouxe a informação do desfile (chamam-lhe desfile para não lhe chamarem manifestação) apelidado ‘Cultura em Luta’.

Dia 09 de Junho, às 18H00, do Largo Camões ao Cais das Colunas vai haver um desfile que se propõe a chamar a atenção para a necessidade de outra política para a Cultura em Portugal.

Na véspera do Dia de Portugal, organiza-se mais um ajuntamento, propõem-se algumas directrizes, aproveita-se que o ano é de eleições para levantar a voz em defesa do que é importante.

Claro que vai cair em saco roto… usando uma expressão bem corriqueira. Cultura, que não signifique Lucro, não existe. Conhecimento, que não seja usado para os propósitos de quem governa, não interessa. Educação, que dignifique as pessoas, não é aconselhável.

Deixo aqui o programa (“integrada no programa dos Dias da Cultura em Luta”), a informação sobre o desfile e uma notícia sobre o assunto.

Fica a demagogia dos que não usam as armas que têm para produzir resultados eficazes. Como dizia a outra (numa história que já corria mundo muito antes da Disney):