Olá a todos! Sejam bem-vindos a este [diário de bordo], uma sub-secção da [vida criativa].
Este será um curto ponto de situação das ocorrências e dos projectos a decorrer. Porque, suponho que, a vida de todos nós acabou de entrar numa rotação, diferente daquela em que vivemos nos últimos dois meses.
Regresso à Escola
… se, como eu, têm um rebento (ou mais), estes são os dias em que este tema requer quase todos os nossos recursos pessoais (e emocionais).
E, a minha prática de journal é prova que eu não deixo a organização, planeamento, compras e arrumação para a última hora. No entanto, há sempre mais “um disto” ou “outro daquilo” que não veio na lista inicial, e que é preciso ir ajeitar, antes da primeira aula.
Eu ADORARIA poder preparar tudo com o avanço que preciso, porque o meu sistema nervoso não se compadece com a necessidade desta (inevitável) confusão. E, este ano, até posso afirmar que não houve nenhuma novidade (bombástica) de última hora, coisa que tem acontecido nos anos anteriores, e que nunca falha em desequilibrar a balança familiar.
Miúda entregue. Material entregue. Dia de sol. Nenhuma birra e o tempo a passar…
Plano Pessoal de Estudo
Mas, verdade seja dita, o meu plano de estudos já começou há três semanas… ou, mais, se contar com o tempo de planeamento.
Todos os anos (e em diferentes alturas do ano), sinto uma vontade bastante desejosa, de regressar ao estudo. Costumo organizar algumas leituras e afins, uns temas que preciso investigar, uns meios que se conjugam para me ajudar a obter algum conhecimento específico.
Mas, como é natural naqueles que são deixados à sua vontade, na organização do seu tempo, e das suas responsabilidades criativas, costumo procrastinar e adiar e desrespeitar qualquer horário, e deixar que tudo o resto consuma a minha atenção — até já não ter qualquer vontade de ir estudar nos moldes que preciso, e acabar frustrada, e a considerar que não possuo a força suficiente para manter actividades positivas por mais do que um par de semanas. E, desistir, perder o norte à questão, e prometer-me que noutro dia será melhor…
Este ano, neste regresso às rotinas de finais de Verão, depois de muito pensar sobre o tema (em Junho e Julho), e após me debruçar sobre os vídeos:
10 Study Habits you need to start (from an Oxford graduate) de Ruby Granger
how I stopped procrastinating de Ruby Granger
Habits for a Productive & Perfect Morning de Ruby Granger
Comecei a ponderar o que podia melhorar, fazer de diferente, ou começar a fazer.
A lista de afazeres (to do list) tem agora algumas nuances. Para além da lista diária, com a três prioridades mais imediatas, voltei à prática de uma masterlist de afazeres. Assim, a cada semana, coloco todos os ítens que preciso cuidar, e vou distribuindo a sua execução ao longo da semana.
A gestão de tempo também mudou. Manter as prioridades nessa lista e, quando cada coisa tem de acontecer, estipular o que quero fazer, e colocar o esforço necessário nessas actividades e, muito importante, o apoio que a organização proporciona à minha saúde mental, e no controle da sensação de overwhelm (demasiados inputs, ao mesmo tempo, sem conseguir gerir a quantidade, ou qualidade, daquilo a que me exponho, dificultando a tomada de decisão, e a qualidade das minhas decisões… também não é a primeira vez que menciono isto aqui, parece-me).
A lista de material de estudo foi construída com base nas necessidades que sentia em saber mais sobre certos temas. E, felizmente, como existem vários recursos online, onde podemos ler material em domínio público, pude escolher alguns materiais de base (mantendo os custos controladíssimos).
Apontamentos são construídos com a prática de journalling, filofaz, e commonplace books que já utilizava, e que vim a trabalhar de outra forma durante este ano.
Necessidades de Um Plano Pessoal de Estudo
Sinto, sempre, necessidade de orientar a minha prática de escrita, de estudo e de leitura. Para mim, o primeiro passo é sempre compreender a dinâmica nos bastidores da necessidade.
Ou seja:
Porque procrastino? Porque não consigo manter a atenção por mais de x ou y tempo? Porque me sinto atraída para certos temas, e actividades, em detrimento de outras que considero mais importantes? Porque certas actividades me deixam esgotada, e sem vontade de fazer algo produtivo? Como funciona a espiral de desmotivação? Onde se encontra o sentido de tudo isto, quando a actividade que desejo executar nunca parece bastar para me motivar a continuar?
Enfim, as perguntas do costume para os que não nasceram com as condições óptimas para procurar uma vida criativa-o-construtiva, e que precisam auto-motivar-se a continuar.
Assim, fui em busca de conhecimento sobre as partes destes temas que, penso, podem ajudar-me se não a superar, pelo menos, a compreender melhor o que está em jogo aqui.
Até porque, não há muito tempo e não sei se se recordam mas, comentei aqui que padeço de uma necessidade de me entupir de inputs — ver um vídeo, enquanto leio um livro, espreito os e-mails, tiro notas e ainda faço mais umas coisas em simultâneo, se possível — , e a seguir, admiro-me porque é que relaxar não me assiste de uma forma natural…
Leituras
Atingi o meu objectivo, de ler 70 livros em 2024, há umas semanas atrás. Não que o número seja importante, porque não é, mas é interessante ter uma noção do que tem sido a minha vida em livros no presente ano.
Planeei umas leituras complexas para estes últimos meses do ano. Na lógica ‘desejo saber mais sobre certos temas’, e ‘certos livros interessam-me mais do que outros’, procuro agora aperfeiçoar a minha prática de anotações. Porque ler é fixe, mas a minha capacidade de retenção, e o próprio volume em causa, não é conducente a reter, nem metade da informação que leio, e que considerei importante.
Se tiverem curiosidade sobre o que ando a ler, podem conectar-se comigo no Goodreads (em Sara Farinha) que é, neste momento, a plataforma que possuo mais actualizada, mesmo não estando a 100% (não me decidi a registar os livros que li, e não existem na plataforma).
Em jeito de conclusão…
E, para já, estas são as principais considerações que desejo partilhar convosco neste [diário de bordo].
E, por aí? Já se ressentem do regresso à escola? O que leram neste Verão? Pensam regressar aos estudos ou à vossa versão de estudos?