Pontapé Inicial para 2025 — Modelos Melhores e Construir em Fundações Sólidas

role models

Olá! Sê bem-vindo a esta [vida criativa].

O kick-off oficial para 2025 está aqui!!

Os primeiros artigos deste ano, corresponderam aos livros da minha vida durante o ano que findou, e uns recursos inspiradores que acredito que podem ajudar: Os Melhores Clássicos de 2024, os Melhores Modernos, a Homenagem aos Livros Lidos e a Intenção de ter um ano Intencional em 2025.

Sem esquecer de mencionar que, entretanto, retomei a newsletter semanal 5 Minutos Sozinha, a qual recebem, exclusivamente, se subscreverem o blog por email.

subscrever sara farinha

Mas queria encaixar algumas ideias para este ano que se iniciou, em especial, para a minha prática criativa. Talvez te inspire e solidifique as tuas próprias práticas, tal como elas são.

Escrever neste blog…

Este blog é um sítio onde escrevo sobre a minha vivência criativa e a criação de conteúdos vários. Onde partilho recursos com aqueles que, como eu, escrevem e/ou executam outras actividades de criação. Um sítio que uso para partilhar, crescer, e motivar-me a continuar.

Imaginar e construir criativamente algo novo, não é uma tarefa fácil. Requer empenho, concentração, exploração e diversão. Requer que o criador olhe em volta, e assimile aquelas coisas, os pormenores da vida, que alimentam o seu trabalho criativo.

Por isso, é difícil manter muitas plataformas a funcionar, sem me arrasar, quando sou só uma a criar (criar e não a copiar).

Por vezes, nem tenho um projecto oficial a decorrer (ou pelo menos, nada em que esteja a trabalhar com afinco, como um livro… apesar de ter sempre um destes em alguma fase de iteração). Ou seja, não estou numa das fases de construção activa de algo, naqueles momentos em que vou em busca de investigar ou de escrever sobre um certo tema, com intenção. Por vezes, só estou a viver o momento e, mais tarde, há algo dessa ocasião que se imiscui numa obra que estou a criar.

Posso afirmar que é o que me acontece com a maioria destes artigos que escrevo aqui no blog. Num momento estou a ler algo, a escrever uma lista, a fazer pesquisa, ou entrei numa qualquer toca do coelho (investigativa ou emocional) e, no momento seguinte, sei que preciso partilhar essa experiência contigo, o leitor deste blog. Porquê?

Bem, acredito que encontro inspiração nos sítios mais estranhos. Por isso, suponho que também aconteça contigo. E, sei que, reconhecer o valor daquilo que me passa pela frente é algo inconstante. Por isso, se eu puder inspirar-te, por um segundo que seja, a construir algo, a investigar o que quer que seja, a colocar-te no sítio onde toda a arte nasce, então valeu a pena escrever o que quer que seja.

ponte da vida

 

Cruzei-me com estas palavras de Nietzsche e, bem!, fizeram sentindo.

A vida é uma travessia individual. Por mais que desejemos companhia, a verdade é que vivemos sós. Sou uma só. O que é interessante, e suficiente, para irmos em busca de nos fortificarmos nesse sentido.

Sim, a vida com companhia pode ser boa (dependendo da companhia, claro!) mas, em última análise, ninguém pode viver por nós, a nossa existência, as nossas lutas, os nossos prazeres ou sofrimentos. Boa companhia só pode aliviar o imediato, no entanto, é preciso encontrar a vontade para continuar, quando não há ninguém connosco. E, esta é a realidade.

2025 trará mais recursos esquisitos e experiências que tais. Ou, pelo menos, assim espero.

La Grenouillère, by Renoir
La Grenouillère, by Renoir

Transitar para 2025…

Esta transição anual não viu o formar de Objectivos. Não, este ano decidi construir em cima de tudo aquilo que tenho vivido. Até porque, neste dia — 17 de Janeiro de 2025, quando escrevo estas palavras, — já teria constatado que a maioria deles teriam ficado pelo caminho ou arrumados na prateleira ‘daqui a uns meses volto a isto… 12, provavelmente’.

Construir em cima significa que, não vou atirar fora tudo aquilo que tenho articulado, enquanto vou perseguindo as minhas actividades criativas, em prol de um qualquer objectivo anual, irreal e desmotivador.

Sim, os outros podem escrever e publicar um livro a cada ano que passa.

Isso quer dizer que, quem não o faz, não merece ser escritor? Ou significa que definir uma quota diária de 2000 palavras é o caminho a seguir? E, onde encontramos o material que é, de facto, o nosso material pessoal para incluir na obra que criamos? Arranjamos um fábrica de significados? Ou o significado deixou de ser importante? E, o resto da vida? As pessoas que amamos, a necessidade de sobreviver, o outro trabalho todo que temos? Desaparecem?

Não. Preciso usar tudo o que reuni até aqui, e construir em cima dessas fundações. E, nesta perspectiva, aconchegada com a ideia que, preciso encontrar Modelos melhores com quem aprender, decidi mudar o jogo da mudança de ano.

Jane Austen prints

Estabelecer Melhores Modelos…

Este ano, mantenho o que funciona, abraço as novidades e, deixo ir o que não é para mim.

Assim, este ano, decidi seguir o mote de Maria Popova, no artigo — Elevating Resolutions for the New Year Inspired by Some of Humanity’s Greatest Minds — traduzindo: Elevar as Resoluções de Ano Novo, Inspirada por algumas das Melhores Mentes da Humanidade. Afinal, não me faltam livros, e Modelos, por onde começar…

No artigo mencionado, Elevar as Resoluções para o Ano Novo, cada orientação traz várias ideias a ter em conta, ao longo de 2025… e, ainda trouxe sugestões de leitura. Gosto!

Orientações como: Cultivar Relações Honradas (Rich); Resistir a Actividades Triviais (Kierkegaard); Viver as Perguntas (Rilke); Presta Atenção ao Mundo (Sontag); Cria Espaço para a Monotonia Frutuosa (Russel); Recusa-te ao Jogo da Perfeição (Le Guin); Sê Mestre na Arte de Amar (Fromm); Escolhe Compreensão ao invés de Julgamento (Truitt); Dá Uso ao teu Sofrimento (Weil); Diz ao Mundo como te tratar (Baldwin); Usa Disciplina como Catalisador da Magia Criativa (Steinbeck); Dá Atenção à Inteligência das Emoções (Nussbaum); Domina a Arte de Envelhecer (Paley); Caminha no teu Próprio Caminho (Nietzsche); Abraça a tua Divina Insatisfação (Graham); Celebra o Suficiente (Vonnegut).

E, tendo em conta que gosto sempre de procurar por outras ideias, e exemplos, o que poderia ser melhor do que estas categorias, ao invés e objectivos tradicionais?!

Diz que o “escrever x ou y”, ou “aumentar o n.º de…”, ou “ter 90 dias para…” é, no mínimo cruel, senão mesmo idiota.

E, sobre isto, ando a ler um livrinho, muito interessante, que recomendo. Entitula-se The Burnout Society por Byung-Chul Han. Vou na página 25 de 60, e já consta da minha lista de recomendações!…

Então, no kick-off oficial de 2025 mantenho a noção de que é necessário apontar tudo aquilo que nos passa pela cabeça… ou pelos olhos, e pelas mãos.

commonplace book spread
As páginas de ‘commonplace book’ incluem temas variados e cruzamentos de diferentes referências artísticas.

Assim, mantenho-me agarrada aos meus journals, versões diversas para todas as ocasiões. Não me lembro quantas horas dormi ontem ou, porque me dói a cabeça, nem sequer, se bebi água suficiente. Mas, se continuar a apontar, daqui a dois meses volto a retirar conclusões úteis. E, sei, porque já o fiz, de forma constante, em 2024.

E, isto aplica-se a todas as áreas da minha vida. O que escrevi na semana passada, o que vi na tv, o que li num livro, o que pesquisei a seguir… Não há qualquer hipótese, de me recordar destas coisas todas, e tomar decisões conscientes, se não tiver um registo pessoal.

O mesmo se aplica às ideias que me cruzam o espírito. Não há histórias, se não existir um registo das suas centelhas de criação (que aparecem nos piores momentos possíveis!).

E, aliviar a carga diária. Se está tratado, se decidi, se defini que seria, e fiz a tarefa no momento certo, alivia a carga do dia-a-dia. Optimiza recursos e poupa o esforço cognitivo.

É preciso viver o momento, seguir o nosso próprio caminho, procurar estratégias que nos aliviem o peso dos dias, criar nos moldes em que nos for possível. Porque as barreiras, as impossibilidades, a escassez e os impossíveis existem, mas tu és aquele que escolhe por que caminho vai. E, que vive as consequências dessa escolha.

Que 2025 seja um ano de decisão. E, que esta seja acompanhada por conceitos, e por modelos, melhores. Que a inspiração me encontre em 2025 e, que te encontre a ti. Prontos para continuar? Sim.

Obrigada e Até Breve!

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