Construir um puzzle: Intenções, Realidades e Concretizações

construir um puzzle

Olá! Sê bem-vindo a este [vida criativa].

Neste artigo encontras… o que o ódio a construir puzzles me trouxe de positivo.

Pronto, assumo: Não sou amiga de puzzles.

Adoro construir com pequenas peças, mesmo esculpi-las em barro, ou material semelhante. Adoro colar pedaços de materiais reciclados/reutilizados e criar algo novo. Adoro a arte de pintar com diamantes. Gosto de um bom jogo de Tetris ou de descobrir palavras, tipo WOW (o de palavras, não o WoW = Massive Multiplayer Online Role-Playing Game = MMORPG). Gosto de Legos, à moda antiga: sem instruções.

Mas, puzzles?!

Não compreendo muito bem porque não gosto. Quer dizer, não sinto que consiga completar um puzzle com algumas dezenas de peças e, acho que vem daí o meu desgosto.

Mas, acho que esta incapacidade tem algo a ver com não conseguir Ver as peças, e Imaginar a imagem. Ou, melhor, não reconhecer as partes da imagem de forma individual e, por isso, ter muitas dificuldades em ver o sítio onde ela se pode encaixar. O que é uma realidade pessoal, e não me preocupa. Afinal, o cérebro (corpo) funciona como quer, nós só podemos acomodá-lo e/ou lutar contra ele. Ou, delicadamente, empurrá-lo na direcção certa.

Ontem, ocorreu-me que tínhamos ali um puzzle de 300 peças, e que era visualmente apelativo e, tinha significado. Ora, contemplem a caixa:

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Imagem exterior da caixa do puzzle Cine-teatro Turim

Sim, foi oferta, e é publicidade grátis. Mas, este puzzle é uma espécie de divulgação, feita na zona, comemorando a reabertura do Turim — que foi um mini centro-comercial, com uma sala de cinema, que tinha muito sucesso quando eu era pequena, mas que encerrou há uns anos, e que reabriu há uns meses.

O Turim foi o cinema onde vi ‘A Dama e o Vagabundo‘, quando era miúda (foi a primeira ida ao cinema?! talvez) … e, este puzzle, é uma explosão do passado!

Quanto mais olhava para a caixa, mais referências via e, podia partilhar com a minha miúda… E, pronto! Com a ajuda dela, — que também odeia puzzles (não por culpa minha, sempre teve vários, e nunca lhes ligou grande coisa) — começámos a construir este puzzle.

Ela foi uma grande ajuda no início da actividade. Felizmente, a miúda não padece da minha dificuldade em ver as partes das imagens e não compreender pevide do que está a ver!

Claro que, ao juntar as peças fomos descobrindo as nuances, que não se vêem bem na capa. E, diverti-mo-nos a completar este puzzle… apesar, de ter sido abandonada por ela, no grande bloco do meio. Expectável! Mas, perseverei.

Obrigada, Junta de Freguesia de Benfica, por nos proporcionar uns momentos divertidos, nostálgicos (no meu caso) e de construção criativa. Ficámos, as duas, muito contentes, quando conseguimos completar a imagem… porque ela regressou, já próximo do desenlace final.

E, apesar de não acreditar que, irei passar a integrar a actividade de construção de puzzles na minha lista de hobbies, verdade seja dita, reconheço alguns padrões interessantes desencadeados por ela.

Mais uma vez, as referências provaram ser o que me motivou a fazer esta actividade. E, sobre Referências já escrevi algumas coisas, mas deixo-vos o caminho para o artigo Significados São Importantes, em que constatei a veracidade disto, numa visita ao Centro de Arte Moderna na Gulbenkian (CAM).

CAM
Exterior do Centro de Arte Moderna na Gulbenkian (CAM)

O que reafirma a noção que, se criarmos algo com fundações sólidas, com referências, com material criado pelos gigantes que viveram antes de nós, as pessoas vão encontrar ligações ao material que estamos a criar.

E, construir este puzzle, foi algo que me faz reviver memórias de meninice, o que é sempre um ganho para a minha vida criativa.

Reviver experiências passadas, e sentirmos que nos vêem, como consumidores de uma obra, quando estamos a ler/observar algo, é outro factor determinante para o sucesso de uma obra de arte.

Outro aspecto, que me envolveu na construção deste puzzle, foi a sensação de calma, descontracção e brincadeira, enquanto nos dedicámos à actividade. É algo que nem sempre consigo apreciar quando estou a fazer algo (Olá, ansiedade!).

O poder de nos fazerem esquecer a realidade banal/normal, e considerar que há outras ideias, hipóteses, vivências e experiências, é algo que nos faz regressar a uma obra.

E, não me refiro apenas a ficção, mas a não ficção e não só à escrita, mas a outros géneros artísticos. Obras que nos proporcionam uma visão diferente são fulcrais.

E, no final, a sensação de ter conseguido concretizar este projecto!!! Conseguimos construir um puzzle de 300 peças! E, divertimo-nos a fazê-lo. O que me recordou a seguinte citação:

self respect is investing in yourself

Esta, constou do artigo Pontapé Inicial para 2025 — Modelos Melhores e Construir em Fundações Sólidas, que convido a reler…

Aceitar que, o trabalho que não apreciamos, é o mais necessário para todos os envolvidos e que, este é essencial para a nossa auto-estima.

Claro que, se não vemos o valor no que somos condicionados a fazer, precisamos rever prioridades, valores pessoais, e outras coisas… mas, este é todo um outro assunto.

Assim, deixo-vos a imagem completa deste puzzle, de 300 peças, feito por nós (eu & ela). E, a noção que foi uma actividade divertida e que, enquanto ando à procura de descobrir os pormenores de criações, com tantos anos de existência, quase que consigo esquecer que estou a compor um puzzle.

puzzle turim done
Puzzle Cine-Teatro Turim

Não vou tentar estabelecer paralelismos com o grande puzzle que é a vida… porque, arranjaria já uma explicação para a minha dificuldade em visualizar as peças no grande esquema das coisas… Não! Esquece! Sai!… E, não é esta a visão para 2025, pelo que não quero este discurso interno.

Em 2025, é: Intencional. Profundidade. Significado. Positivo e Deliberado.

definição de intencional

Mas, se encontrei alguma coisa de valor nesta actividade e, diria que encontrei muitas e variadas, foi a certeza que não me posso agarrar a um preconceito, e perder a emoção da actividade.

A Intenção e a Acção — Positivas e Deliberadas — fazem a auto-estima funcionar como deve ser.

Continuo a não apreciar puzzles mas, esta pequenita vitória é um momento para relembrar.

P.S.: Ahhh, recordam-se deste artigo? domingo é dia de dormir… ou descansar… ou tentar uma das duas, claro que tive uma noite terrível!

Obrigada e Até Breve!

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