Olá! Sê bem-vindo a esta [pausa de domingo].
Estas são as minhas aventuras na Feira do Livro de Lisboa, e a sugestão de passeio, para qualquer um dos dias que se aproximam (não apenas este domingo).
Se estão por Lisboa — Portugal — ou a uma distância que permita a deslocação, sugiro uma visita à 95ª Feira do Livro de Lisboa, a decorrer entre 04 e 22 de Junho.
Partilho aqui os horários:
Para mim, o dia de visita foi ontem. Encontrámos alguns livros infantis, que adicionámos à biblioteca da minha miúda, e chegámos a casa contentes, e cansadas, tal como se quer!
Pessoalmente, nunca consigo comprar nada do que quero na primeira volta… diz que o excesso de tudo, em todo o lado, não me ajuda a focar naqueles livros que ando mesmo à procura.
Enfim, isto faz parte de mim e, é o que é… é o material com que tenho para trabalhar.
Congratulo-me porque, pelo menos, não faço compras de impulso. Não é que não o faça, no resto do ano, noutros sítios livrescos mas, no sítio onde seria de esperar que o controlo fosse atirado para longe, isto não me acontece.
Atenção, não sou diferente do resto das pessoas, e do meu auto-controlo enfraquecido pelo excesso de oferta. Eu sei que não resisto a um livro daqueles especiais, que tenho procurado, ou que me parece uma boa adição à minha biblioteca pessoal.
Mas, diz que, para mim, comprar na Feira do Livro é difícil. Muita oferta não significa boa oferta… porque pondero sobre as edições, o tamanho da fonte, o preço, a lista de desejos, e faço a comparação com outros sítios onde costumo comprar livros… mas, isto é uma cena minha, e não tem nada a ver com a qualidade da oferta na Feira do Livro.
Se tivermos paciência (e dinheiro), temos muito por onde procurar, e encontramos livros muito bons.
Este ano, fiz uma coisa que não costumo, mas que foi uma forma de me poupar a mais stress: evitei os espaços de dois dos grandes grupos editoriais, sobre os quais tenho opiniões menos populares.
Até podem ter edições mais ou menos, que cumpram quase todos os requisitos, mas gosto de um bom livro-objecto com muita alma.
No entanto, nos últimos anos, tenho feito questão de visitar as bancas das editoras através das quais publiquei e, se possível, comprar algo.
Uma curiosidade da visita deste ano: encontrei, por acaso, um livro que ajudei a nascer. Ou seja, fiz o trabalho de organização e edição de texto, há mais de uma década. Foi giro, mostrá-lo à minha miúda, e poder dizer-lhe que a mãe tinha ajudado a colocar, também aquele, numa banca de livros.
E, o momento embaraçoso do passeio? A minha miúda… a clamar que gosta de livros sem letras e que não gostava daquele, que tinha na mão, porque tinha muitas palavras!
“Sorrir e acenar, rapazes. Sorrir e acenar.” — filme ‘Madagáscar’
E, lá fui eu, a desviá-la da banca, prometendo que íamos encontrar outros livros para ela.
Sim, ela está na fase ‘ler abaixo da sua faixa etária’ (que, sempre é melhor, do que a fase do ano passado, em que ela bradava aos céus que odiava ler — Obrigada, programa escolar!). Como é o meu costume, tento ignorar e conter-me porque, é agora que, julgar e exigir podem asfixiar a pequena leitora que há nela. É deixá-la apreciar a arte, que acompanha um bom livro infantil, e confiar que o resto virá depois. Acho…
Mas, é muito engraçado ver a forma como ela evolui, de ano para ano, a cada ida à Feira do Livro. Este ano, exigia ver quatro bancas dela (com livros infantis), para cada banca das minhas (com livros com muitas palavras). Não foi possível mas, pelo menos, manteve-se mais entusiasmada. E, eu aprecio a companhia dela, mesmo quando está a ser pouco razoável.
Espero que, possam ir viver as vossas próprias aventuras na Feira do Livro de Lisboa, e que apreciem o maior número de recantos para descansar, e a quantidade de eventos a decorrer. E, se puderem, desfrutem de uma qualquer guloseima no local. Há à escolha e para vários gostos.
Repete-se, também, a banca para doação de livros. Se tiverem obras para passar ao próximo, podem trazer e deixar no pavilhão adicionado para o propósito.
Desejo-vos um Excelente Domingo.
Obrigada e Até Breve!
