Há alguns dias atrás achei boa ideia dar um conselho. Isto não é coisa que normalmente faça de ânimo leve, porque acredito que aconselhar alguém é uma actividade demasiado “cabeluda” para o meu gosto (e no meio de tanto cabelo haverá alguma coisa que se aproveite por baixo?!)
Acho que a maioria de nós gosta de dar conselhos, mas recebê-los… nem tanto. No entanto, para mim, existem dois critérios básicos que é preciso respeitar, para que o dito conselho seja válido e útil.
O primeiro critério é a experiência do dador do conselho. Se não percebo nada de hortas, não vou aconselhar ninguém a plantar hortaliças. E o segundo é a intenção do dador do conselho. Se é amigo, família, íntimo, ou parte interessada, em princípio estará empenhado no nosso bem-estar, logo devemos ter esse conselho em consideração.
E como disse inicialmente, há uns dias atrás dei um conselho a uma amiga, que foi o seguinte: Tem de haver trabalho, para que este seja divulgado.
És um músico, queres divulgar a tua música, logo o passo mais lógico é? Dar concertos. Qual é a base deste trabalho? A tua música. Tens de ter músicas prontas a serem ouvidas e apreciadas, para que tocar ao vivo seja a plataforma de desenvolvimento da tua arte.
O mesmo se passa nas restantes artes. Usar uma plataforma online e as redes sociais para promover o nosso trabalho, implica que exista trabalho para o podermos promover.
Se falarmos de escrever um livro ou um conto, ou qualquer outra actividade artística que envolva grandes quantidades de tempo para planeamento e execução, ter um objectivo específico torna-se essencial, se não condição sine qua non.
Escrever um primeiro rascunho no NaNoWriMo pode ser considerado um objectivo. Participar num determinado concurso, concorrer a um prémio literário ou publicar um livro, são também objectivos de peso que nos ajudam a combater a inércia do dia-a-dia.
E no meio de tudo isto descobri que devo pôr em prática o meu conselho.
Tenho trabalho para fazer. Existem alguns projectos em andamento, mas está tudo a mover-se a passo de caracol, como se movidos pela inércia. E isto não me agrada.
Acho que preciso de um desafio literário a sério ao qual me dedicar. PS: A determinação férrea do escritor Dean Wesley Smith é um exemplo disto. O seu desafio pessoal é escrever e publicar (online) 100 novas histórias no decorrer do ano de 2011. Brutal! Nunca tal me ocorreria (porque cinco histórias depois, tudo iria começar a parecer igual).
Mas continuo aqui a pensar nas minhas palavras e nas implicações que elas podem ter, não só para quem as ouviu, como também para mim, que as enunciei. Eu sei que o meu tempo “livre” não abunda, mas também sei que, há quatro anos atrás também não abundava e de lá para cá muito se construiu e desenvolveu.
Objectivos e planeamento de tarefas. Acho que é esta a minha resposta. Planear o que vou fazer e quando. E para dar aquele gostinho de stress, não fazer segredo disso. Entretanto vou continuar a moer, até pensar num Desafio para 2012 (Não é uma resolução para 2012. Eu não acredito em resoluções para o ano seguinte. São boas para serem quebradas!)
Um tema a desenvolver num próximo artigo…
ΦΦΦΦΦ
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Exatamente nessa fase estou eu. MUITO EXCELENTE! Inspirador.
Buscando desafios para sair da inércia. Escrever o próximo artigo é uma excelente resolução do dia seguinte. rs
Muito obrigado!
Obrigada eu. Espero que ajude 😉