A quatro dias do início do desafio é hora de rever o que planeámos, detectar o que queremos mudar e listar as alternativas que podemos querer vir a usar. A quatro dias do fatídico início, e dependendo do tipo de delineador de planos que sejas, tens uma ideia bastante definida da história, das suas personagens, dos locais e da ambiência que pretendes.
Aqueles que levam o planeamento detalhado à risca terão também uma quantidade ínfima de pormenores, decorrer de cenas, interligações e sub-enredos. Os que não funcionam desta forma terão um conjunto de ideias, em papel ou noutro formato (o mental incluído), e uma convicção daquilo que querem construir.
A par disto tudo, temos um estado de ansiedade que cresce a cada dia que passa.
Sim, faltam quatro dias e, nestes últimos, quantas vezes pensámos em desistir? Aliás, ainda não estamos bem certos de querer sequer participar. E se não funciona? E se a ideia é uma treta? E se não consigo produzir a quota diária? E se consigo, e não presta? E se é mais um para ficar na gaveta? Porque é que eu me meto nisto?
Mais do que um ‘faz isto ou faz aquilo’ é importante recordar porque o fazemos. Porque nos sujeitamos a tamanha empreitada sem qualquer garantia de término ou, pior, de qualidade. Simples, porque não sabemos viver de outra forma.
Agora, é altura de recordar que quando não escrevemos sufocamos. Que, mesmo havendo abandonado qualquer sonho relacionado com o desempenho profissional no mundo da escrita, nunca conseguimos abandonar o acto em si (porque ele acumula e transborda quando menos esperamos e mais necessitamos). Que nada pode aniquilar ou substituir aquilo que é uma parte intrínseca de nós.
Nos momentos de dúvida, e antes de iniciarmos um projecto desta envergadura, é preciso olhar em frente e ter esperança. Se houve algo que ressoou em mim, num destes momentos pré-escrita, foram as palavras na imagem aqui adicionada. Estas, ou quaisquer outras, e porque somos pessoas de letras, escrevam-nas num papel, imprimam-nas ou façam um ambiente de trabalho com elas. Usem-nas quando faltar inspiração ou determinação.
A quatro dias do início, precisamos de todo o incentivo que consigamos reunir. Afinal, mais um obstáculo, menos um. No final, o que importa é aquilo que sentimos e o que fazemos com esse sentimento… e o que vamos sentir depois do projecto concretizado.
Sobre o meu NaNoWriMo 2013:
Esta é a terceira vez (no âmbito deste desafio) que me encontro aqui, nesta caverna escura de dúvida e insatisfação. Num ano que tem sido tudo, menos fácil (digamos que o número 13 deu todo um novo significado à palavra superstição), dia 1 aqui estarei a dar o meu melhor para as 50.000.
Mas, mesmo movida a pura obstinação, continuo à procura daquele cantinho no meu coração onde estará a paz suficiente para empreender este NaNo2013. (E a perguntar-me se não era preferível enrolar-me ali debaixo das cobertas e deixar que o resto do ano se vá embora)
Acho que já tenho título. Um avanço brutal! E, não, não o chamei de ‘13’ (bem que teria alguma relevância cármica). Veio num daqueles momentos nocturnos, em que me pergunto como posso estar quase a dormir e ter ideias tão claras sobre algo… especialmente quando estava a milhas do tema.
Quanto ao resto, continua uma grande confusão (como a fotografia atesta). Mas eu chego lá. Devagarinho, mas chego lá. Ou, pelo menos, tão devagarinho quanto o dia 1 de Novembro, e os humores, me permitam.
Como vai o vosso pré-NaNoWriMo? Muito pânico? Ou só um pouco de desespero?
ΦΦ
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ΦΦΦΦΦ
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3 comentários em “NaNoWriMo 2013 – O pânico! O desespero! O horror!”