Costumam ter vários projectos no forno?
Eu sei que sim.
Avaliando pela minha realidade, e com excepção daqueles curtos períodos em que um projecto me consome totalmente (como durante o NaNoWriMo), na maior parte do tempo salto de actividade em actividade como uma salta-pocinhas.
(Os prémios em longevidade vão para a minha Escrita variada e este Blog. A primeira actividade, desde que me conheço como pessoa, e a segunda com doze anos neste espaço virtual… e a contar.)
E, apesar da versão salta-pocinhas não ser aconselhável para a concretização total de um qualquer projecto (afinal, se avançamos em tudo ao mesmo tempo temos muito mais dificuldade em terminar o que quer que seja), acho que é importante ir enchendo o poço criativo com experiências diferentes.
Experiências diferentes têm sido a salvação da minha Criatividade.
Ao longo dos anos tenho sofrido bastante com a falta de ritmo nas minhas actividades criativas. Talvez porque, como Criativa, ainda me apoio muito no sentir-me inspirada, ao invés de manter um ritmo de trabalho produtivo. Faz parte das lutas de quem mantém uma actividade criativa separada da realidade que paga as contas. Não me estou a queixar. Aliás, sei que muitos dos que me lêem padecem do mesmo problema.
Sem problema.
Ao longo dos tempos constatei que, são nesses projectos paralelos, que descubro muitas das coisas que considero essenciais à concretização de qualquer actividade criativa. E, são essas actividades, distintas da minha Escrita, que me permitem aprender e desbloquear quando me sinto menos criativa.
Desde que escolho a minha Palavra Anual (em 2018 escrevi sobre este desafio iniciado em 2015) para o ano que se inicia que tenho notado uma orientação muito mais concreta em direcção aos meus propósitos criativos… mesmo se construída em cima de um conceito tão abstracto como uma palavra que influencia o ano novo.
O culminar de uns anos, particularmente, difíceis a nível pessoal aconteceu com uma dessas palavras/expressões. O Crescimento Criativo em 2018 ajudou-me a sistematizar uma forma de perseguir novos conhecimentos e práticas.
Tornei-me muito mais atenta ao que havia disponível nos canais de comunicação que frequento e arranjei verdadeiras práticas kung fu para a escassez de tempo que tenho para estas coisas. Mas, sobre tudo isto podem ler aqui e aqui…
Agora quero deixar-vos não só a ideia de que é possível irmos aprendendo ao longo do caminho de formas insuspeitas e proveitosas, mas também que não faz mal nenhum irmos alargando o espectro das nossas artes. Durante estes anos aprendi muito com actividades como:
Bullet Journals
Arranquei de mim um ódio visceral aos Diários com umas actividades meio artísticas nesta prática criativa. Há uma panóplia imensa de coisas criativas que podemos apontar num Bullet Journal, é uma questão de procurar o que faz mais sentido para cada um de nós.
Journals
Avancei para um exercício muito prático: as morning pages, tal como aconselhadas no livro The Artist’s Way de Julia Cameron. Não vos vou mentir, é claro que não consigo escrevê-las todos os dias. Mas ,escrevo-as nos dias em que mais preciso e, quando o faço, sinto o quanto elas me ajudam.
Notebooks
O do elefante passou a ser pago por isso expandi para Notes, Trello e OneNote… agora, incorporei a aplicação da Microsoft To Do. Este hábito de apontar ideias, citações e coisas tem sido útil e divertido. Experimentem.
Podcasts
Ohhh, sim. Aquela coisinha, que ninguém desconfia, e é todo um mundo novo que se abre para nós. Seja YouTube, Spotify, SoundCloud, ou qualquer outro que vos apareça pela frente. Afinal, ouvir música também conta como atenção dividida, porque não aproveitar para ir aprendendo alguma coisa pelo caminho?
Desafios
… de Escrita, de Fotografia, de Leitura, de Pintura, de artes plásticas, de Meditação… Muito agradeço ao meu ano de Crescimento Criativo por me ter aberto as portas a um mundo de actividades que não preciso de autorização de ninguém para fazer.
Documentários
… mas só porque soa melhor do que Netflix… Há ali uns pequenos blocos de tempo onde se encaixa um episódio de algo que nos desperte para coisas novas.
Subscrevo uma quantidade, pouco razoável, de páginas e web-sites mas é assim que me exponho ao que se faz de novo por aí. Nos últimos tempos fiquei encantada com um conceito de retiro de artes. Ora vejam lá se não era espantoso escrever e/ou pintar neste sítio aqui: Perigord Retreats
E, como 2019 é o ano do SIM e neste momento a palavra que o suporta é a Visão, tento dar-vos uma visão geral do que podemos (tu e eu) construir se esquecermos os Nãos da Vida.
Vamos garantir o SIM em tudo aquilo que é realmente importante. Share on XAgradeço sugestões de outras coisas que considerem importantes para as vossas práticas criativas. Afinal, partilhar é crescer.
E, deixo-vos a imagem da minha última tentativa em mixed media.
E, um valente OBRIGADA aos 1032 espectaculares subscritores deste blog. Vocês são os melhores!
[cryptothanks]